A morte lhe cai bem
Não acreditei ontem no que eu ouvi em uma entrevista no programa daquele sub-Amaury Júnior chamado Ramy. Ele conversava com a "doutora" Lígia Kogos, que vem a ser dona da clínica estética mais estrelada de São Paulo. Como descrever Lígia? Uma imagem vale mais do que mil palavras.
Pois bem, a "doutora" explicou ao entrevistador que a aplicação de botox era algo essencial à beleza de uma pessoa, tanto que todas as suas funcionárias recebiam aplicações periódicas. Todas, inclusive as "bem jovenzinhas", como ela mesmo fez questão de acrescentar com uma expressão de alegria. Ou seria de revolta? Não é muito fácil distinguir suas expressões. Lígia ainda disse que as pessoas que vivem da imagem devem mesmo se submeter a toda sorte de intervenções para se manter jovem por uns 50 anos. Jovem e bela como ela, imagino.
Uma vez ouvi de um médico que uma das primeiras coisas que se aprendia na faculdade de Medicina era que uma intervenção cirúrgica só deve ser feita por necessidade. Sobretudo se envolvesse anestesia, porque aí há até mesmo risco de morte.
E por "necessidade", entenda-se também aquela psicológica. Ou seja, se algo em sua aparência faz com que você se sinta profundamente infeliz, "inadequado para a sociedade", é válido se submeter a uma cirurgia plástica. Isso acontece quando algo em seu físico lhe traz problemas de auto-estima. Mas há também aqueles que, por terem problemas de auto-estima, acabam se vendo piores do que são. Nesses casos, o indicado é tratamento psicológico, e não cirurgia.
Certamente o segundo caso é o mais freqüente na clínica da Lígia Kogos. A começar pela dona, que na corrida contra os sinais do tempo acabou perdendo o referencial do que é beleza e se transformou em um misto de tartaruga ninja e travesti. É preciso envelhecer com alguma dignidade.
Pois bem, a "doutora" explicou ao entrevistador que a aplicação de botox era algo essencial à beleza de uma pessoa, tanto que todas as suas funcionárias recebiam aplicações periódicas. Todas, inclusive as "bem jovenzinhas", como ela mesmo fez questão de acrescentar com uma expressão de alegria. Ou seria de revolta? Não é muito fácil distinguir suas expressões. Lígia ainda disse que as pessoas que vivem da imagem devem mesmo se submeter a toda sorte de intervenções para se manter jovem por uns 50 anos. Jovem e bela como ela, imagino.
Uma vez ouvi de um médico que uma das primeiras coisas que se aprendia na faculdade de Medicina era que uma intervenção cirúrgica só deve ser feita por necessidade. Sobretudo se envolvesse anestesia, porque aí há até mesmo risco de morte.
E por "necessidade", entenda-se também aquela psicológica. Ou seja, se algo em sua aparência faz com que você se sinta profundamente infeliz, "inadequado para a sociedade", é válido se submeter a uma cirurgia plástica. Isso acontece quando algo em seu físico lhe traz problemas de auto-estima. Mas há também aqueles que, por terem problemas de auto-estima, acabam se vendo piores do que são. Nesses casos, o indicado é tratamento psicológico, e não cirurgia.
Certamente o segundo caso é o mais freqüente na clínica da Lígia Kogos. A começar pela dona, que na corrida contra os sinais do tempo acabou perdendo o referencial do que é beleza e se transformou em um misto de tartaruga ninja e travesti. É preciso envelhecer com alguma dignidade.