Thursday, November 09, 2006

Roteiro BsAs

Desta vez, tentei pular o óbvio (Caminito, Plaza de Mayo...) e ver coisas em Buenos Aires que não tinha visto da outra vez, deixando para repetir somente o indispensável. Entre essas coisas indispensáveis está a noite de quinta-feira do Niceto, a Club 69. Inexplicável, não há nada parecido por aqui. Sempre há uns shows divertidíssimos, no palco e na pista, enquanto você dança. Desta vez, o tema da festa era o seriado do Chaves. A Chiquinha da vez era uma garota de 1,90m e dançava break. Surreal.

No dia seguinte, fui ao Museo de Arte Latina de Buenos Aires (Malba). É lá onde está o "Abaporu", de Tarsila do Amaral, tela considerada como a mais importante (ou significativa) do modernismo brasileiro. Também há Di Cavalcantis e Portinaris, além de obras de Frida Kahlo e Xul Solar, entre outros.

De lá, fui caminhar pela vizinha Recoleta. Entrei na igreja do Pilar, onde se apresentava um coral de crianças. Singela por fora, mas dentro, muito ouro. Pulei o cemitério desta vez, não valia a pena ver a plaquinha da Evita outra vez. Caminhei mais um pouco até a Embaixada do Brasil, em uma região onde há embaixadas em profusão, do Irã à França, sempre em edificações incríveis. Como já estava pertinho da 9 de Julio, achei que seria legal caminhar até a zona do Obelisco para procurar uma sorveteria bacana. Daí pro albergue onde fiquei já estava perto e deu dó de pegar um táxi ou mesmo um subte (metrô). No fim do dia, acho que contabilizei umas 3 são silvestres percorridas.

Outro lugar aonde voltei foi a Avenida de Córdoba, no trecho dos outlets (altura entre os números 4.400 e 5.000). Muita roupa bacana e barata, vale a pena. No caminho, tentei conhecer o Teatro Colón, tipo o Municipal de lá. Muito bonito, mas em reforma. Não entrei.

A feirinha de domingo de San Telmo é outro must-see. Infelizmente, choveu o domingo todo, o que tirou um pouco do charme do local, espécie de Vila Madalena com história (região boêmia e de artesanato). Ainda deu para ver um show de tango (a música, não a dança) e passear por algumas áreas cobertas, lojas e, de novo, sorveteria. Esta, a "Nonna Bianca", merece um comentário à parte: o melhor dentre os melhores sorvetes que eu provei por lá. Recomendo o de dulce de leche montés, com nozes e rum. Também de matar era o de mate cocido con crema. Aiaiai...

De resto, acho que só vale comentar que "descobri" que Puerto Madero, que eu achei bem sem graça no ano passado, é algo para se ver à noite. De preferência, veja o sol nascer de lá. De preferência, acompanhado. Hihihih. Inolvidable.

Sobre o Festival Bue, gravei uns videozinhos com meu celular. Apesar da má qualidade das gravações (sorry), dá para se ter uma idéia do clima dos shows. Sim, a lua estava mágica. Sim, os argentinos acompanharam "Da Funk", do Daft Punk, com um ôôô-ô-ô-o-ôôô-ô-ô-ô-ôôô-ô-ô-ô-ôôô... Heheheh é cafona, mas foi incrível. Eu me emocionei gravando "Maps" (Yeah Yeah Yeahs), e ainda me emociono quando vejo. E "Around the World" (não gravei, estava fazendo a dança do robô na hora) fez todo o sentido para um brasileiro na Argentina acompanhado por seus novos amigos peruanos moderninhos (!!!). Estes prometeram me mandar os seus vídeos, de qualidade bem superior, que gravaram com uma câmera decente. Depois eu posto aqui. Chau, boludo.

YYYs - Maps
YYYs - Turn Into
YYYs - Gold Lion
Daft Punk - Da Funk

Já quero voltar.