I was lost. Now I´m found.
Desde a estréia de Desperate Housewives no Brasil, ninguém precisava de mais uma série maravilhosa para nos tomar uma hora semanal. Mesmo assim, o canal a cabo AXN está transmitindo há três semanas Lost, a segunda série mais comentada lá na América (a do Norte).
Uma mistura de drama, ação, suspense, romance e ficção científica, o argumento de Lost começa com a queda de um avião em uma ilha no Oceano Pacífico, à qual alguns passageiros sobrevivem. Não bastasse isso, o resgate não vem, os aparelhos de telecomunicações do avião não funcionam e a ilha parece estar localizada em uma realidade paralela, onde monstros misteriosos arrancam árvores e comem gente sem serem vistos, ursos polares vivem em clima tropical e mensagens de socorro em francês são repetidas em loop. No último episódio, engravatados apareciam na praia e sumiam misteriosamente, sem deixar rastro.
- Ei, já chegamos à Terra Média? Onde está Frodo?
A maior graça de Lost está na constatação de que o verdadeiro perdido do título é o espectador. Cada personagem, apesar de não conhecer a pessoa que está ao lado, sabe perfeitamente quem é e do que é capaz, enquanto nós, os telespectadores, temos que nos contentar com vislumbres de suas vidas oferecidos em “flashback”. Até mesmo o tal “monstro que ninguém sabe o que é” já foi visto por um dos personagens, enquanto nós ficamos a ver navios (rá!).
E o roteiro brinca o tempo todo com o não-sabido: a partir do momento em que você está numa ilha perdida e ninguém ali lhe conhece, você está desconectado do seu histórico e pode ser quem quiser. Não é tentador? Por isso mesmo, alguns personagens podem considerar o desastre como um evento de sorte. Não é o caso do iraquiano Sayid, suspeito natural pelo acidente.
- Droga! Era um atentado suicida e eu sobrevivi.
- Eu sobrevivi à queda porque quiquei.
Com um roteiro muito bem montado e um elenco de primeira, o programa só peca na pouca profundidade de alguns personagens e suas atitudes infundadas, convenientes apenas para adicionar mais conflitos à trama. Por exemplo, por que os personagens coreanos insistem em falar se sabem que ninguém entende sua língua? Tenho preguiça deles.
Na Internet, pipocam sites sobre o programa e teorias que tentam desvendar seus mistérios. Em um desses sites, um fã descreveu sua hipótese:
- I think that the "Monster" is some kind of Satanic being. I also think that the crash victims are all truly dead. They are all stuck in some kind of Purgatory between life and death.
Será?
Uma mistura de drama, ação, suspense, romance e ficção científica, o argumento de Lost começa com a queda de um avião em uma ilha no Oceano Pacífico, à qual alguns passageiros sobrevivem. Não bastasse isso, o resgate não vem, os aparelhos de telecomunicações do avião não funcionam e a ilha parece estar localizada em uma realidade paralela, onde monstros misteriosos arrancam árvores e comem gente sem serem vistos, ursos polares vivem em clima tropical e mensagens de socorro em francês são repetidas em loop. No último episódio, engravatados apareciam na praia e sumiam misteriosamente, sem deixar rastro.
- Ei, já chegamos à Terra Média? Onde está Frodo?
A maior graça de Lost está na constatação de que o verdadeiro perdido do título é o espectador. Cada personagem, apesar de não conhecer a pessoa que está ao lado, sabe perfeitamente quem é e do que é capaz, enquanto nós, os telespectadores, temos que nos contentar com vislumbres de suas vidas oferecidos em “flashback”. Até mesmo o tal “monstro que ninguém sabe o que é” já foi visto por um dos personagens, enquanto nós ficamos a ver navios (rá!).
E o roteiro brinca o tempo todo com o não-sabido: a partir do momento em que você está numa ilha perdida e ninguém ali lhe conhece, você está desconectado do seu histórico e pode ser quem quiser. Não é tentador? Por isso mesmo, alguns personagens podem considerar o desastre como um evento de sorte. Não é o caso do iraquiano Sayid, suspeito natural pelo acidente.
- Droga! Era um atentado suicida e eu sobrevivi.
- Eu sobrevivi à queda porque quiquei.
Com um roteiro muito bem montado e um elenco de primeira, o programa só peca na pouca profundidade de alguns personagens e suas atitudes infundadas, convenientes apenas para adicionar mais conflitos à trama. Por exemplo, por que os personagens coreanos insistem em falar se sabem que ninguém entende sua língua? Tenho preguiça deles.
Na Internet, pipocam sites sobre o programa e teorias que tentam desvendar seus mistérios. Em um desses sites, um fã descreveu sua hipótese:
- I think that the "Monster" is some kind of Satanic being. I also think that the crash victims are all truly dead. They are all stuck in some kind of Purgatory between life and death.
Será?