Monday, October 24, 2005

Bang-bang: My country shot me down

Para quem queria motivos para votar no "sim" à proibição da venda de armas de fogo e munição no Brasil, eu enumerava: Fleury, Bolsonaro, Tuma... todos sujos, feios e malvados defendendo o "não". Gente que apoiou a ditadura, ou seja, a supressão dos direitos constitucionais dos cidadãos, levantando o dedo em nome do "direito constitucional de se defender". (Nem vou falar da Veja, não tenho estômago)

"Devemos deixar o povo brasileiro decidir o que quer", dizem os defensores da democracia direta. Eu até entendo a decepção com a democracia representativa, dados os deputados com os quais contamos, mas o referendo de ontem mostrou claramente que não, não dá para deixarmos nas mãos de um povo semi-analfabeto o destino da Nação. O País emergiria em uma onda conservadora. Acho que devemos continuar a eleger políticos e torcer para que façam algo de jeito. Rezar, talvez, seja melhor. Sem mais.

Aí você me pergunta: "Mas, Ants, então quer dizer que depois dos meses de discussões, dos R$ 274 milhões (oficiais) gastos com dinheiro público nas campanhas, do jacaré, do domingo em que você trabalhou até quase meia-noite e que lhe fez perder o show dos Strokes no TIM Festival, tudo vai continuar como antes?"

Com exceção do show*, eu diria que seu tiro acertou na mosca.

*foi ótimo, BTW