Tuesday, May 16, 2006

Day after

Após o dia traumático em que o crime organizado parou São Paulo, deu para perceber que boa parte do pânico foi gerado por boatos. Ainda bem que continuamos capazes de nos assustar com essas coisas, realmente triste vai ser quando nos acostumarmos a isso.

Eu, assim como meus colegas de trabalho, dormi em um hotel na noite passada. Na curta caminhada de uma quadra entre a redação e o hotel, deu para notar o clima de cidade sitiada da cidade às 22h, horário em que São Paulo costuma ainda pulsar.

Já no fim da noite, sabíamos em off que o governo do Estado havia negociado com Marcola, o chefão do PCC, para um cessar-fogo. Marcola teria ordenado o fim dos ataques em troca do direito de ter banhos de sol diários e visitas de seu advogado. Em ano eleitoral, não é de se espantar que o acordo tenha sido aceito de pronto. É hora de começarmos a pensar em quem votar para substituir Marcola no governo de São Paulo.