Sucré ou salé?
* Voltando a Cannes, eu era o único abaixo dos 60 anos usando sunga na praia. Eu tinha me esquecido de que na Europa é calção. Na praia em que eu estava, só mostrava as coxinhas quem já havia tocado o foda-se na vida. O mesmo acontecia com os tão famosos top-less das francesas. Sunga e top-less só era tendência nesta temporada para a terceira idade (exemplar abaixo). Toquei o foda-se também.
* Agora, a um fait divers, como dizem por lá: no entorno do Palais des Festivals há uma espécie de calçada da fama. Roman Polanski, Tim Robbins, Jeanne Moreau, Gerard Depardieu e vários outros astros do cinema deixaram as marcas de suas mãos nesse circuito. Fui seguindo distraidamente a rota até chegar à mão de ninguém menos que David Lynch. Emocionado, peguei minha câmera e tirei uma foto. Ao levantar a cabeça, me deparei com outra mão estendida à minha frente, esta dentro de uma luva branca. O dono dela era um Pato Donald mal diagramado de 1,80 m. Certo de que estava em um outtake de "Cidade dos Sonhos", tomei um susto tão grande que nem cheguei a retribuir o cumprimento: dei um salto para trás, encontrei uma distância segura e tirei uma foto para registrar o momento. O Donald francês me lembrou o Mickey da Jihad. Muito medo.
* Minha Côte não era tão Azur quanto a do Felipe.
* Foi minha segunda vez na França, e nas duas ocasiões havia uma coisa com a qual eu não conseguia me conformar: as pessoas falam francês no dia-a-dia! Tem noção? No meu imaginário, o francês é uma língua tão afrescalhada que só existe para ser usada em ocasiões especiais. Em um menu de haute cuisine, por exemplo. Quando a comissária de bordo me perguntou se eu queria biscuit sucré ou salé, eu comecei a imaginar quais talheres seriam apropriados para tão refinados acepipes.
* Recordar é viver: sou fluente em franco-português condadiano.
* Agora, a um fait divers, como dizem por lá: no entorno do Palais des Festivals há uma espécie de calçada da fama. Roman Polanski, Tim Robbins, Jeanne Moreau, Gerard Depardieu e vários outros astros do cinema deixaram as marcas de suas mãos nesse circuito. Fui seguindo distraidamente a rota até chegar à mão de ninguém menos que David Lynch. Emocionado, peguei minha câmera e tirei uma foto. Ao levantar a cabeça, me deparei com outra mão estendida à minha frente, esta dentro de uma luva branca. O dono dela era um Pato Donald mal diagramado de 1,80 m. Certo de que estava em um outtake de "Cidade dos Sonhos", tomei um susto tão grande que nem cheguei a retribuir o cumprimento: dei um salto para trás, encontrei uma distância segura e tirei uma foto para registrar o momento. O Donald francês me lembrou o Mickey da Jihad. Muito medo.
* Minha Côte não era tão Azur quanto a do Felipe.
* Foi minha segunda vez na França, e nas duas ocasiões havia uma coisa com a qual eu não conseguia me conformar: as pessoas falam francês no dia-a-dia! Tem noção? No meu imaginário, o francês é uma língua tão afrescalhada que só existe para ser usada em ocasiões especiais. Em um menu de haute cuisine, por exemplo. Quando a comissária de bordo me perguntou se eu queria biscuit sucré ou salé, eu comecei a imaginar quais talheres seriam apropriados para tão refinados acepipes.
* Recordar é viver: sou fluente em franco-português condadiano.