Conto ecológico
Se um dia eu escrever um conto ecológico, o final será algo assim:
...E o rosto do ativista do Greenpeace se iluminou na noite em que viu o primeiro ovo ser quebrado e de dentro da areia surgir uma tartaruguinha. O esforço para vencer a barreira que a areia representava era somente mais um pela perpetuação de sua espécie. Muito antes disso, o ativista ecológico cuidou com todos os recursos a seu alcance para que o processo não fosse interrompido por algum pescador faminto (os ovos de tartaruga eram uma iguaria apreciada naquela comunidade) ou mesmo por adversidades naturais. E lá estava o resultado da batalha, bem diante de seus olhos: centenas de tartarugas arrastando-se rumo ao mar. Era a tradução perfeita daquilo que ele chamava de vida. Virou-se sem se preocupar em conter as lágrimas e foi embora com a satisfação do dever cumprido. No mar, os tubarões mal podiam conter a ansiedade pelo banquete que se aproximava. E os pescadores continuaram famintos.
...E o rosto do ativista do Greenpeace se iluminou na noite em que viu o primeiro ovo ser quebrado e de dentro da areia surgir uma tartaruguinha. O esforço para vencer a barreira que a areia representava era somente mais um pela perpetuação de sua espécie. Muito antes disso, o ativista ecológico cuidou com todos os recursos a seu alcance para que o processo não fosse interrompido por algum pescador faminto (os ovos de tartaruga eram uma iguaria apreciada naquela comunidade) ou mesmo por adversidades naturais. E lá estava o resultado da batalha, bem diante de seus olhos: centenas de tartarugas arrastando-se rumo ao mar. Era a tradução perfeita daquilo que ele chamava de vida. Virou-se sem se preocupar em conter as lágrimas e foi embora com a satisfação do dever cumprido. No mar, os tubarões mal podiam conter a ansiedade pelo banquete que se aproximava. E os pescadores continuaram famintos.