Tuesday, July 19, 2005

A vida profissional e as varejeiras lésbicas

No caderno de Empregos da Folha de S. Paulo do último domingo havia uma entrevista com um consultor francês sobre como se sair bem em uma entrevista de trabalho. Entre outras coisas, o cara dizia que brasileiro costuma pecar por falar demais. Mas o que mais chamou a minha atenção foi um quadro em que se dava dicas para sair de situações embaraçosas em uma entrevista.

Uma das situações previstas era se o empregador pedisse informações pessoais tais como "religião, posição política e orientação sexual". Acredito que qualquer pessoa de bom senso quereria saber o porquê de essas informações serem fundamentais naquela situação. No que, por exemplo, o fato de determinado candidato ser budista em vez de judeu influiria em suas aptidões profissionais? O jornal, no entanto, recomendava que jamais se fizesse essa pergunta, para evitar o confrontamento com o entrevistador.

O mundo corporativo está ficando mais bizarro a cada dia. Às vezes a vida imita as tirinhas do Dilbert. Não entendo muito de leis, mas se eu tivesse que chutar, diria que preterir um candidato em função de suas crenças ou orientações políticas e sexuais é crime no Brasil. Deve ser, não é possível.

Será que no mundo animal também é assim? Uma mosca heterossexual seria menos competente como, sei lá, motorista de caminhão do que uma varejeira lésbica? Os cientistas continuam procurando respostas:

"No mês passado, Barry J. Dickson, da Academia Austríaca de Ciências, ofereceu uma prova elegante dessa idéia ao modificar geneticamente moscas machos para fazer versões femininas da proteína sem-fruta, e moscas fêmeas para gerar a versão masculina.

As moscas machos quase não faziam a corte. Mas as moscas fêmeas com a forma masculina do sem-fruta perseguiam agressivamente outras fêmeas, realizando todas as etapas do flerte masculino, exceto a última."

Pesquisas confirmam a influência da genética no comportamento sexual