Diversão em série
Enquanto aguardamos a nova temporada de "Lost", nos viramos como podemos. Eu, por exemplo, peguei para assistir a primeira de "My Name Is Earl". A série é bastante divertida, equilibra tiradas inteligentes com bobagens dignas de sessão da tarde, tudo isso com muito humor negro e situações politicamente incorretas.
A história gira em torno de Earl Hickey, um mau-caráter que ganha uma bolada na raspadinha para logo em seguida ser atropelado e perder o bilhete premiado. A partir de então, ele credita todo seu infortúnio às sacanagens que fez com outras pessoas, o tal do karma do budismo, filosofia que ele acredita ter sido criada por um apresentador da MTV. Earl, então, cria uma lista enorme de maldades a serem reparadas, e em cada episódio ele risca um ou dois "pecados", após ajudar as pessoas que havia prejudicado anteriormente.
Os personagens principais são caricaturas do white trash norte-americano, com exceção, claro, do Darnell, o "crabman" negro que roubou a mulher do protagonista. Os coadjuvantes são os mais bizarros possíveis, a fauna vai de uma prostituta que só faz ponto de dia a uma ex-namorada perneta. Eu gosto particularmente do velhinho que usa aquele aparelho que reproduz artificialmente a voz ao ser encostado na garganta. Deve ser minha obsessão por vocoder, ou apenas minha porção espírito-de-porco rindo mais alto.
No meio da temporada, meio en passant em uma das cenas, a faxineira latina Catalina solta o seguinte texto em espanhol, durante uma discussão: "Gostaria de agradecer à comunidade latina que acompanha a nossa série, e àqueles que não são latinos e estão me entendendo, mando meus parabéns por aprender uma segunda língua". Tudo isso sem legenda, ou seja, o americano que não entende picas de espanhol (maioria da audiência, né?) perdeu a piada. Dá para não adorar uma série dessas?
**
Também assisti nesta semana ao final da temporada de "Heroes". Ô seriezinha boba, não consigo gostar daquilo! Para mim não passa de um desenho infantil filmado travestido de ficção científica. Sem contar as atuações precárias de atores sem carisma. Kill the cheerleader, for God's sake! E que ela leve junto Peter Petrelli e Hiro, aquele japonês irritante.
A história gira em torno de Earl Hickey, um mau-caráter que ganha uma bolada na raspadinha para logo em seguida ser atropelado e perder o bilhete premiado. A partir de então, ele credita todo seu infortúnio às sacanagens que fez com outras pessoas, o tal do karma do budismo, filosofia que ele acredita ter sido criada por um apresentador da MTV. Earl, então, cria uma lista enorme de maldades a serem reparadas, e em cada episódio ele risca um ou dois "pecados", após ajudar as pessoas que havia prejudicado anteriormente.
Os personagens principais são caricaturas do white trash norte-americano, com exceção, claro, do Darnell, o "crabman" negro que roubou a mulher do protagonista. Os coadjuvantes são os mais bizarros possíveis, a fauna vai de uma prostituta que só faz ponto de dia a uma ex-namorada perneta. Eu gosto particularmente do velhinho que usa aquele aparelho que reproduz artificialmente a voz ao ser encostado na garganta. Deve ser minha obsessão por vocoder, ou apenas minha porção espírito-de-porco rindo mais alto.
No meio da temporada, meio en passant em uma das cenas, a faxineira latina Catalina solta o seguinte texto em espanhol, durante uma discussão: "Gostaria de agradecer à comunidade latina que acompanha a nossa série, e àqueles que não são latinos e estão me entendendo, mando meus parabéns por aprender uma segunda língua". Tudo isso sem legenda, ou seja, o americano que não entende picas de espanhol (maioria da audiência, né?) perdeu a piada. Dá para não adorar uma série dessas?
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Também assisti nesta semana ao final da temporada de "Heroes". Ô seriezinha boba, não consigo gostar daquilo! Para mim não passa de um desenho infantil filmado travestido de ficção científica. Sem contar as atuações precárias de atores sem carisma. Kill the cheerleader, for God's sake! E que ela leve junto Peter Petrelli e Hiro, aquele japonês irritante.
