Thursday, April 10, 2008

Copia, cola

Depois de um mês convivendo com uma dorzinha chata no braço, fui ao médico hoje e soube que tenho tendinite. Pensava que era culpa do esforço físico na "cadimia", mas o doutor me disse que é o caso clássico de uso em excesso de teclados e mouses sem a devida proteção da almofadinha para o pulso. O ctrl+c, ctrl+v me ferrou bonito. Nem deveria estar aqui digitando essas linhas, mas só me ocorreu isso agora. Já estou tomando antiinflamatório, já estou usando almofadinha, então sigamos.

Isso tudo me faz lembrar de um professor do colégio que, dizia-se pelos corredores, havia contado em uma aula que estava com "sinusite no pulso". Outro que deu muito copy, paste na vida.

Por falar nisso, já ouviram Cut Copy?

Cut Copy - Lights & Music

Botão direito do mouse, salvar como, have fun, cuidado com o pulso.

Wednesday, April 09, 2008

Repórter sofre

Sempre que me apresento como jornalista, me perguntam para qual jornal eu escrevo, ou em qual tv eu apareço. O fato é que não sou repórter, não gosto, nunca gostei de ser. Acho um porre falar com as pessoas por obrigação, por dever de profissão. Ter conversinhas com o objetivo de arrancar uma informação para justificar o salário no final do mês.

Para piorar, tenho alguns traumas de iniciante, do tipo lidar com carão de famosidades e ser assediado no meio de uma entrevista, o que me fez encerrá-la antes e só conseguir escrever a matéria depois de três dias. Não é só falta de gosto, falta o dom também. Como editor me sinto mais confortável. Mas admiro quem consiga fazê-lo bem e gostar.

O vídeo abaixo ilustra as agruras a que um repórter de televisão está sujeito.

Wednesday, April 02, 2008

Gerúndio

Estou de mudança. Acho que não é certo dizer isso quando todas suas coisas já estão no apartamento novo, e as chaves do antigo já foram entregues. Mas estou "me mudando", ainda no gerúndio, porque esse processo parece não acabar nunca.

É péssima a sensação de ter sua vida toda separada em contêineres de tamanhos variados. Parte em mochilas, parte em caixas, parte em sacolas. É a sensação de estar esquartejado (se é que alguém esquartejado ainda sente alguma coisa). Uma perna aqui, o estômago ali, a cabeça acolá. Garantia de noites intranqüilas, por baixo.

Como - com exceção de um LP do Phil Collins - tudo na vida tem um lado bom, no endereço novo eu durmo e acordo em um silêncio incrível. Nada de caminhão passando na porta, nada de prédio em construção na janela - por enquanto. Além disso, esse processo serviu para me livrar de coisas inúteis, e lá se foram centenas de metros cúbicos de lixo. Descobri que poderia abrir mão numa boa de coisas que julgava imprescindíveis. Acho que é isso, mudar-se é virar minimalista.