Friday, July 29, 2005

Mulheres são de Marte

Monday, July 25, 2005

6mg

Só não viu quem não quis. Semana passada, em seu depoimento à CPI dos Correios, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares estava absolutamente dopado. Tomou sim uns Lexotan que eu vi. Até aí tudo bem, eu, no lugar dele, também tomaria. O que me surpreendeu é saber que isso é mais comum em Brasília do que lobo-guará. Insiders garantem que, do presidente à secretária baranga, passando por jornalistas especializados em cobertura política, tomar bolinha é tipo um esporte regional. O poder deve deixar o sistema muito nervoso.


Só que esta aqui ninguém me convence de que toma

..::ATUALIZANDO::..


Renilda também tomou Sosegon® pra ficar calminha

Tuesday, July 19, 2005

A vida profissional e as varejeiras lésbicas

No caderno de Empregos da Folha de S. Paulo do último domingo havia uma entrevista com um consultor francês sobre como se sair bem em uma entrevista de trabalho. Entre outras coisas, o cara dizia que brasileiro costuma pecar por falar demais. Mas o que mais chamou a minha atenção foi um quadro em que se dava dicas para sair de situações embaraçosas em uma entrevista.

Uma das situações previstas era se o empregador pedisse informações pessoais tais como "religião, posição política e orientação sexual". Acredito que qualquer pessoa de bom senso quereria saber o porquê de essas informações serem fundamentais naquela situação. No que, por exemplo, o fato de determinado candidato ser budista em vez de judeu influiria em suas aptidões profissionais? O jornal, no entanto, recomendava que jamais se fizesse essa pergunta, para evitar o confrontamento com o entrevistador.

O mundo corporativo está ficando mais bizarro a cada dia. Às vezes a vida imita as tirinhas do Dilbert. Não entendo muito de leis, mas se eu tivesse que chutar, diria que preterir um candidato em função de suas crenças ou orientações políticas e sexuais é crime no Brasil. Deve ser, não é possível.

Será que no mundo animal também é assim? Uma mosca heterossexual seria menos competente como, sei lá, motorista de caminhão do que uma varejeira lésbica? Os cientistas continuam procurando respostas:

"No mês passado, Barry J. Dickson, da Academia Austríaca de Ciências, ofereceu uma prova elegante dessa idéia ao modificar geneticamente moscas machos para fazer versões femininas da proteína sem-fruta, e moscas fêmeas para gerar a versão masculina.

As moscas machos quase não faziam a corte. Mas as moscas fêmeas com a forma masculina do sem-fruta perseguiam agressivamente outras fêmeas, realizando todas as etapas do flerte masculino, exceto a última."

Pesquisas confirmam a influência da genética no comportamento sexual

Tuesday, July 12, 2005

Hearing voices

Deu na BBC Brasil:
Pesquisa indica 'por que voz imaginária é masculina'
"Essas vozes imaginárias são normalmente de pessoas de meia-idade e trazem mensagens 'depreciativas'."

Comentei com meu querido amigo Elvis Presley que eu queria ser esquizofrênico só pra saber se isso é mesmo verdade. Ele me respondeu: "Vá ler um livro, seu inútil!"

Já ouviu "She's hearing voices", do Bloc Party?

Thursday, July 07, 2005

E civilização, o que é?

"Um Filme Falado", do cineasta português Manoel de Oliveira, é uma aula bem dinâmica de História Antiga. Dessas com h maiúsculo mesmo, didática, professoral. Mas sua graça não está só nisso, e sim nas subleituras que o filme permite, e que o transformam magicamente em uma aula de História Contemporânea. É nas entrelinhas, portanto, que está o melhor do filme. Por isso, acredito que quem viu e não gostou ou foi por não concordar com as posições políticas do diretor, o que é válido, ou foi por simplesmente não as ter notado. Preguiça mental, em outras palavras.

O roteiro evidente é o seguinte: uma professora de História da Universidade de Lisboa faz com sua filha miúda um cruzeiro pelo Mediterrâneo, rumo à Índia. Ela pretende se encontrar com seu marido em Bombaim. No trajeto, o navio vai parando em várias cidades, nas quais a professora aproveita para visitar os lugares que só conhecia em livros. Marselha, Atenas, Pompéia, Istambul...

No subtexto, o diretor aborda o lugar de Portugal na globalização. Isso fica evidente no restaurante do navio, onde quatro pessoas, de nacionalidades diferentes, sentam à mesma mesa. Um americano (John Malkovich), uma italiana, uma francesa (Catherine Deneuve) e uma grega travam longa conversa, cada um falando em sua própria língua. Nessa Babel em pequena escala, todos se entendem. Quando a portuguesa se junta ao grupo, no entanto, é obrigada a se comunicar em francês ou inglês, pois ninguém fala sua língua (à exceção do personagem de Malkovich, que aprendeu um pouco de português, mas no Brasil).



A curiosidade infantil da filha é um dos meios pelos quais o filme dá seus pitacos. Os "why" e "what" da menina acabam por abordar inocentemente uma série de temas contemporâneos, como a globalização, o terrorismo, as guerras religiosas, a integração européia e o choque entre o Ocidente e o Oriente Médio. "Em que Idade Média estamos?", pergunta a garotinha, ao saber que a antiga igreja católica que visitavam, em Istambul, havia sido tranformada em mesquita depois de uma guerra medieval. Não é fácil explicar a uma criança que homens se matavam em nome de Deus (o pretérito imperfeito é ironia).

Horas depois de ter visto o filme, recebo a notícia dos atentados terroristas em Londres. "Em que Idade Média estamos?"

***

Enquanto isso, na GloboNews...
"O Papa João Paulo II manifestou seu repúdio aos ataques ocorridos em Londres nesta manhã..."

Juro!

::Atualizando::
Aí o Stevie Wonder volta com uma música excelente, pedindo mais vergonha na cara em um mundo onde ninguém percebe que a paz é o caminho. Acho que a pista de dança é outro caminho possível. Tem o Prince na guitarra. É uma paulada na paranóia americana, mas muito sutil, porque ele é de Milano. Shame on me, shame on you, shame on them, shame on us...
So what the fuss

Wednesday, July 06, 2005

Philantropia lúdica

Quem já criou o blog/fotolog da Regina Duarte e co-produziu a antologia de contos suburbanos Interurbanos, além de ser autor de um dos blogs mais bacanas sobre o mundo pop (te mete), o Philipinas, poderia muito bem se recolher a sua notoriedade tamanha. Mas qual o quê? Diretamente de Copacabana, acaba de nascer o interativo Arrase ao lado do mendigo, uma experiência lúdica.


A meu convite, Patsy Stone faz sua pose pseudofilantrópica

Friday, July 01, 2005

Isto é incrível


Olha o Ibirapuera ali, gente. Não é incrível?


Incrível! Não há outra palavra que descreva melhor o Google Maps. Você digita o nome de qualquer grande metrópole mundial, seleciona a opção satellite e vê imagens de satélite de alta definição da cidade que escolheu ver. De Moscou a Buenos Aires, de Pequim a Fortaleza, tá tudo lá. É incrível.

Acha que seu computador merreca vai demorar dias para carregar as fotos, semanas para dar zoom e meses para arrastar a tela? Engano seu. Tudo carrega rapidamente, é levinho e satisfaz. É incrível.

Mas não adianta aproximar o mapa da sua casa, dar tchauzinho pela janela e esperar que sua mão apareça. É foto, mané. Eu já tentei, é incrível como não funciona.