Monday, August 30, 2004

Olimpíadas em Santo Amaro

As Olimpíadas de Atenas acabaram. Fica um vazio, sabe? Já estava habituado a deixar o Placar UOL aberto o dia todo para acompanhar as notícias do esporte. Agora vou ter que me ocupar de outra forma. Talvez trabalhando, mas não sei ainda.

A parte muito boa do fim das Olimpíadas é que não vamos ter que aturar mais as propagandas que remetem aos Jogos. Fala sério, os publicitários já há algum tempo perderam o senso do ridículo. Fizeram de tudo para adequar as marcas (qualquer marca) ao chamado "espírito olímpico" e quem sabe vender mais com isso. O que foi a "Anã Arósio" fazendo a esportista? E as propagandas da Brahma, com direito a arremesso de latinha e salto em altura com uma pilha de engradados de cerveja? O pior de todos, acho, foi o bonequinho cearense das Casas Bahia dando piruetas como Daiane dos Santos. Pfff... Sendo que cerveja, telefone e eletrodomésticos nada têm a ver com esportes.

* Minha irmã, ontem, vendo a cerimônia de encerramento das Olimpíadas:
"Essa não é aquela música 'Borba, o Gato?'... não, 'Zorba, o gato'? Quer dizer, 'Zorba, o grego'".

Wednesday, August 25, 2004

Mil novecentos e bolinha

Olha que fantástico esse site que a Strogonoffer indicou.

Lá você poderá encontrar vários comerciais antigos, de uma época em que as propagandas eram quase inocentes. Eu se fosse você começava vendo a Regina Duarte sem medos, pagando de gatinha no comercial da Kolynos, mas não deixava de ver o Walmor Chagas e a Cacilda Becker usando o óleo Saúde, da Anderson Clayton, nem a Colônia 1010 (é francesa!).

Tuesday, August 24, 2004

Para melhor atendê-los

Estou mudando o sistema de comentários disso aqui para um que não exija registro. Esse sistema do blogger é muito chato. Com isso vou perder os comentários antigos, mas é o preço.

O problema é que eu já mudei e o antigo não desaparece, alguém aí tem idéia do porquê?

Las piedras de la calle

E o dramalhão mexicano continua. Esta vem da trilha sonora de Carne Trêmula.

SUFRE COMO YO, Albert Plá

Yo quiero que tú sufras lo que yo sufro
y aprenderé a rezar para lograrlo
yo quiero que te sientas tan inútil
como un vaso sin whisky entre las manos.
Y que sientas en tu pecho el corazón
como si fuera el de otro y te doliera.
yo te deseo la muerte donde tú estés
y aprenderé a rezar para lograrlo.

Yo quiero que tú sufras lo que yo sufro
y aprenderé a rezar para lograrlo
yo quiero que te asomes a cada hora
como un preso aferrado a su ventana.
Y que te sean las piedras de la calle
el único paisaje de tus ojos
yo te deseo la muerte donde tú estés
por Dios que aprenderé a rezar para lograrlo.

Monday, August 23, 2004

"Mais fácil criticar do que propor soluções"

Dá liceinça que eu tô famoso. A comunidade "Odeio o CA da ECA", que eu criei no Orkut, me rendeu, além de mais inimizades, uma menção em reportagem no Portal da USP.

"Caráter fútil e ao mesmo tempo divertido"

Dribla elas, Daiane!

É hoje o dia da "pátria de collant", como disse o Bom Dia Brasil.



Os brasileiros, tão acostumados às glórias nos campos de futebol, estão tendo que se especializar em esportes menos populares durante estas Olimpíadas. Com a eliminação da seleção masculina de futebol no pré-olímpico e a desconfiança em relação à seleção feminina, os dribles e gols foram substituídos pelas piruetas de Daiane dos Santos nas conversas de botequim. Já repararam como todo mundo hoje é expert em duplo twist esticado? E muito legal o Scheidt ganhar ouro, mas não dá pra torcer direito na Vela, dá? Faz falta ver o brasileiro torcer como brasileiro. Na última apresentação de Daiane dos Santos, eu acho que ouvi alguém gritar “golaço!”.

*EDITED*

"Putaqueopariu", disse Daiane, depois de acabar sua série com o passinho pra fora do tablado. Mas agora que as meninas do futebol estão na final, tudo voltará ao normal.

Friday, August 20, 2004

Vamos a bailar

Estou fazendo contagem regressiva pro SónarSound, que vai rolar dos dias 8 a 12 de setembro aqui em São Paulo. Vai ser nosso momento europeu do ano. Dá pra perder Ladytron, gente? Essa é fácil, eu respondo: Não dá!

Adorando o clipe de Seventeen

Eu vou na noite de Ladytron DJs+LCD Soundsystem+Chicks on Speed+DJ Marlboro. Vamos?

Eu sei que você vai, você também, e você deveria ir. So, come on.

A cigana do Orkut disse

Today's fortune:
You will inherit a large sum of money.

Espero bem que sim. Já que minha vida, nos últimos tempos, tem se parecido incrivelmente com um roteiro de novela mexicana, não me faria mal um final feliz.

Thursday, August 19, 2004

Hoje, só no ano que vem

Soube recentemente que não vou conseguir me formar no fim deste ano, conforme havia previsto. Que coisa mais amada, minha gente! Acabo de ganhar mais seis meses como estagiário, mais seis meses indo praquele fim de mundo chamado Cidade Universitária, mais seis meses comendo pão-de-queijo Jô-Brás no CA mundrungo, mais seis meses de dupla jornada. E sortudo como sou, capaz de encarar mais uma greve no percurso. Tudo porque falta professor. Sabe quando dá aquela dorzinha no nariz de vontade de chorar?

Wednesday, August 18, 2004

Kate Rocks


"Eu não sei o que fazer comigo mesma. Já sei, vou fazer strip"

A Kate Moss saiu do limbo das ex-supermodels em grande estilo. Você viu Linda Evangelista por aí? Cadê Cindy Crawford? Onde NÃO está Naomi Campbell?

Pois Kate Moss está no rock, e adorando. Primeiro ela fez uma dançarina de cabaré no clipe de "I just don't know what to do with myself", cover do White Stripes para música do Burt Bacharach. Depois emprestou a sua voz levemente rouca para a deliciosa "Some Velvet Morning", com o Primal Scream - minha música de cabeceira no momento. No clipe, ela faz dancinha de pegnoir, canta e encanta (ha!). Essa música é originalmente da Nancy Sinatra, e o Ladytron também regravou.

Agora, diz que a moça contratou o pintor Paul Karslake para retratá-la ao lado de seu ídolo, Elvis Presley. Hum. Enquanto ela não namorar o Lenny Kravitz, por mim, tudo bem.

Antes e Depois

Por falar em People+Arts e transformações, o astro de "O Aprendiz", Donald Trump, passou pelo Extreme Makeover, rejuvenesceu, e virou o Owen Wilson. Mas o biquinho continua o mesmo.



E por falar em Trump, esse topete dele deve ter sido projetado pelo Santiago Calatrava, né não?

A festa do estica e puxa

E parece que o fetiche destes tempos é ser outra pessoa, mudar de vida, transformar-se. Ninguém parece estar feliz com sua própria vida, por isso a ordem do dia é mudar. Já viu aquela mulher que toma um pé na bunda e quando chega ao fundo do fossa decide cortar o cabelo? Clássico. Em um mundo regido pelas aparências, o caminho óbvio para a mudança passa necessariamente pelo visual.

A televisão serve como catalizador desta tendência. Boa parte da programação do canal bacanudo People+Arts, por exemplo, é dedicada a atrações nas quais pessoas sofrem transformações: em sua aparência (Esquadrão da Moda, Antes e Depois), em sua vida (Álbum de Casamento, História de um Bebê) e em sua casa (Siga o Decorador, Minha Casa, Sua Casa). Mas também não é difícil encontrar em outros canais mais exemplos. O Extreme Makeover do Sony é o mais, ahn, extremo deles, e o Queer Eye For the Straight Guy, do mesmo canal, vem sendo copiado por atrações vespertinas da TV aberta. Na MTV, as pessoas querem ter um rosto famoso (I Want a Famous Face) e fazem todas as operações plásticas possíveis para isso, deixando o quadro Transformação do Planeta Xuxa na saudade (bons tempos aqueles em que uma chapinha e meio quilo de pó na cara resolviam a parada).

Todos os cirurgiões plásticos foram instruídos na faculdade para distinguir o paciente que PRECISA mudar daquele que o quer fazer por problemas psicológicos. A cirurgia plástica deve ser um recurso usado pela necessidade e não pela simples vontade, assim como toda intervenção médica, pois tem riscos. No Extreme Makeover eu nunca vi um médico explicar isso. No programa da MTV, pelo menos, eles mostram sempre um caso de cirurgia mal-sucedido para contrabalançar e ilustrar como isso pode ser perigoso (é a parte mais divertida).

Nesta semana estreou na Fox o seriado Nip/Tuck (algo como Corta/Repuxa). Eu não assisti a mais do que um sample na Internet, mas já deu pra perceber que ele vai na contramão dessa tendência, usando de muito sarcasmo. Na cena que eu vi, o cirurgião implantava silicone na bunda de uma mulher, mas o fazia com o silicone invertido. Nisso, outro médico vê e alerta para o erro. "You just saved my ass", agradece o distraído. "And her ass too", completa a enfermeira. Deve ser muito bom esse seriado.

Tuesday, August 17, 2004

Not that simple life

Rita Cadillac, leia e aprenda: depois de pagar todos os seus pecados (soberba, preguiça, avareza e luxúria) no ano passado, com a divulgação na Internet de um vídeo íntimo com seu ex-namorado, Paris Hilton já está às voltas com um novo escândalo. Ladrões entraram em sua casa e roubaram um vídeo erótico caseiro da moça com seu atual namorado, o ex-BackStreetBoy Nick Carter. Esta já é a segunda performance, dona Hilton já merecia a uma indicação ao Oscar do gênero, não? A coitadinha já está conformada, sabe que o vídeo vai chegar à rede em poucos dias, e a galera aguarda com mais ansiedade do que Ângela Rô Rô à espera da Mel Lisboa na Playboy.

Mas de onde será que vem esse fetiche por gravar seus coitos? Será que ela mostra pra sua amiga-irmã Nicole Ricci? E depois de ver a foto abaixo, a pergunta inevitável é: será que rola S&M?


"Vai na delegacia da mulher, amiga!" Posted by Hello

Monday, August 16, 2004

Planet Poop


Anemie, do Ian Van Dahl: "ao vivo nunca, mostrar o pescoço jamais!"

Via Funchal, São Paulo, 13 de agosto de 2004, 23h. Essas coordenadas de tempo e espaço estarão registradas para sempre em milhares de agendinhas da Triton, ao lado de fotos do Bruno Gagliasso presas com clips coloridos e papéis de bala, como a primeira balada da vida de muita gente. O Festival Planet Pop estava, como eu já previa, abarrotado de meninas de doze anos usando maquiagem da tia e meninos de quatorze constrangidos por a mãe ter insistido em esperar o show acabar do lado de fora do Via Funchal.

Depois de esperar quase duas horas na fila para entrar (o Via Funchal é a casa de shows mais desorganizada que eu conheço), tivemos que engolir um dj tocando hits de FM durante meia hora antes da entrada de uma coisa chamada Da Lima, ou algo assim. E desde a primeira atração foi dada a tônica dos shows da noite: muito playback, muita base pré-gravada, muitos dançarinos fazendo coreografias batidas e muita gente pisando no meu pé. O (a) Ian Van Dahl até começou bem, mas já na terceira música o playback começou a gritar. Você ligaria? Pois as crianças não ligaram e deram uivinhos histéricos ao ouvir os primeiros acordes de "Will I". E eu só parava de dançar para ver se a cantora tem pomo-de-adão (dizem que ela é transex). Em tempo: ela estava usando um colarzinho q escondia o pescoço, e não deu pra ver.

O trio Magic Box+Erica+DJ Ross fez a maquiagem das meninas derreter com a sequência interminável de hits (dublados, claro). No final da apresentação, ainda teve um set do Ross que, depois de tanta base pré-gravada, até pareceu ser um dj bom.

Mas ainda faltava o Lasgo, atração principal da noite. Ninguém arredou o pé dali antes de ouvir "Something". E até que foi legal, sabe? No final, teve chuva de papel picado e tudo. E a vocalista ficou deslumbradinha com a horda de fãs mirins que tem por aqui, quase uma Xuxa belga.

"Meu, cara, tipo assim, minha primeira balada foi fera!"

Friday, August 13, 2004

Fiquei grego

O leitor mais atento e mais londrino já deve ter visto a vinheta da BBC para os Jogos de Atenas, né? Hans Donner, cata e chora:

Toda uma produção

Atendendo a pedido(s)

Quanto tempo! Faz quase dois anos que desativei meu Vidinha Primitiva. E o que aconteceu nesse intervalo, hein? Aventuras européias, Lula, emprego novo, Paris Hilton, Iraque, Orkut... espero que tenha sobrado alguma coisa pra eu comentar nos próximos tempos. E nesse intervalo ouvi pedidos insistentes para que eu voltasse a escrever pra fora. Tá, foram uns seis pedidos. Em dois anos. Mas o importante é que alguém sentiu falta além de mim.

Sim, sentia falta de escrever minhas bobagens. Nesta semana, lendo blogs amigos, a vontade aumentou (chamem de inveja, eu chamo de inspiração) e o resultado é este aqui. Voltei, com a cabeça ainda mais errada.

"Não se pode começar nada numa sexta-feira 13 de agosto em ano bissexto", diria meu leitor mais supersticioso. "Sim", respondo, "não comecei nenhuma tarefa no meu trabalho hoje, e precisava me ocupar".

Voltem sempre!