Monday, November 29, 2004

Odorama no Estadão

"Seu nariz está prestes a participar da leitura do seu jornal", disse o Estadão de sexta-feira, com duas páginas de antecedência. É que, pela primeira vez, o jornal publicava um anúncio aromatizado, o do Pão de Açucar, com cheiro de café. "Trata-se de uma inovação tecnológica conseguida por meio de uma parceria do Estadão com a Croma Microencapsulados", dizia o jornal. Trata-se de uma forma de cobrar mais caro pelos anúncios, digo eu mesmo.

Faltou falar que a propaganda tem também o potencial de impregnar sua bolsa com o cheiro de café sintético.

Isso me lembrou de um filme que eu não vi, "Polyester", do mestre trash John Waters. Durante a projeção, o espectador deveria raspar o Odorama, uma cartela com cheiros correspondentes a diferentes partes do filme. No mundo editorial, isso já tinha sido feito antes em revistas, principalmente em propagandas de perfume. Mas jornal com cheiro, realmente, não existia.

- "Mentira!" - dizem os asmáticos, riníticos, sinusíticos e alérgicos em geral.

Eu só estou torcendo para eles não estenderem a idéia para as páginas de política.

Friday, November 26, 2004

Bota essa p**** pra funcionar!

Fiquei indignado com a neo-hipocrisia da MTV, com aquela iniciativa de "abrir mão" de quinze minutos de sua programação para incentivar os telespectadores a saírem da frente da tevê. "Desligue a televisão e vá ler um livro", diz a mensagem sobre a tela preta, acompanhada de um zumbido irritante. I mean, quem eles pensam que são para determinar a hora em que eu devo desligar a tevê? E o pior é que eu já me deparei com essa porcaria umas três vezes, porque eles sempre colocam a mensagem nas poucas horas em que eu resolvo não fazer nada, desligar o cérebro, tipo sábado à tarde. Não que seja um drama, afinal de contas o People&Arts, o NatGeo e, vai, o GNT existem, mas é a cara de pau deles que me espanta.

Segundo o Ibope, o negócio até que funciona: 8% dos espectadores que viram a mensagem desligaram a televisão, não mudaram de canal, desligaram mesmo. Se foram ler um livro é outro papo. Eu mudo de canal e fico pensando no bem maior que eles fariam se colocassem quinze minutos de boa programação em horário acessível. Sim, porque os melhores programas deles passam em horários esdrúxulos, tipo quarta-feira de madrugada (Lado B) e quinta-feira de madrugada (Amp). Já a Daniela Cicarelli é quase onipresente. Vamos combinar que ela é coisa linda de se ver mesmo, mas tecla mute, porfa.

Daí a emissora jabazenta diz que é hora de eu ler um livro, né? Vergonha na cara emetevê! Eu digo NÃO! Vou lançar a campanha "Meia hora sem Capital Inicial, Br'Oz ou Linkin Park".

Você olhou para o céu ontem à noite?


A foto não faz justiça a quão bonita a lua estava. Apaguei as luzes de casa e jantei olhando pra ela. Posted by Hello

Thursday, November 25, 2004

Hoje não, benhê

Você, mulher feminina e antenada com a realidade dos dias de hoje (!), que se sente inconformada com o mundo atual, oprimida pelo *sistema*, e que por isso quer manifestar seu inconformismo com tudo isso que está aí, DIGA NÃO! A quê? Sei lá, cara, não à corrupção, à violência, à impunidade, à unha encravada, aos pop-ups e ao Bispo Edir Macedo, enfim, diga NÃO!

Dia do Não

Soube deste evento de uma importância tamanha hoje, por uma representante do grupo "Mulheres em Ação", da Bovespa. Achei superválido divulgar.

Diz o site: "Participe desse protesto contra a corrupção, a falta de ética, a violência e a moralidade no nosso país." Eu digo: Ãhn?

Então ponha aquele seu pretinho básico em protesto e vá até o Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo, no dia 8 de dezembro. Manifeste sua revolta. Diga NÃO a tudo isso que está aí.

Wednesday, November 24, 2004

A vingança da tubaína

Vocês estão acompanhando a pendenga do guaraná Dolly com a Coca-Cola? O presidente da marca de refrigereco nacional, Laerte Codonho, entrou com denúncia de concorrência desleal contra a gigante americana. Segundo a denúncia, a Coca-Cola estaria pagando a rede Pão-de-Açúcar para não vender o guaraná Dolly, no intuito de quebrar a concorrente. E não é só isso, a Coke também está sendo acusada de sonegação fiscal, através de sua antiga representante no País, a Spal, e de usar folhas de coca em sua composição. Ressalte-se que não se trata de usar cocaína, que é apenas um dos derivados possíveis da planta boliviana. Acontece que, no Brasil, o uso e comercialização de qualquer derivado da folha de coca é proibido.


- O sabor brasileiro!

Na última semana, em sessão na Comissão de Defesa do Consumidor, o presidente da Coca-Cola no Brasil, Brian Smith, esquivou-se repetidas vezes da pergunta do deputado Renato Cozzolino (PSC-RJ) sobre quais são os componentes do "extrato vegetal" que é um dos ingredientes declarados do refrigerante. A Coca-Cola recusa-se a detalhar sua fórmula a esse nível, mesmo que não tenha que informar sobre quantidades ou composições químicas. "São vegetais", respondeu Smith, demonstrando toda sua graça e malemolência anglo-saxônica.

Tuesday, November 23, 2004

Lembrei!

Boa notícia para os novos fãs das lesbo-teens da Galeria Olido: lembrei o nome da banda, é Miss Junkie. Tá?! E sabe o que mais?

Elas têm fotolog

Monday, November 22, 2004

Domingão no Centrão

Ontem eu fui conhecer a nova Galeria Olido. Na verdade, passei lá por acaso, havia perdido uma sessão de cinema e resolvi passear pelo Centro. A Galeria está bem bonita, poltronas reformadas, paredes e pisos com mármore (ou granito? sei lá, era bonito), nem sinal da decadência do velho cinema que eu havia visitado pela última vez há três anos. Aliás, além do cinema, a galeria tem agora salas de exposição, de teatro e de shows. Fica, Marta!

E, como São Paulo é São Paulo, estava acontecendo algo na hora em que passei por lá, o Projeto 15 Minutos, dedicado a promover bandas novas. Gostei de uma bandinha lesbo-power-teen-punk-rock que se apresentou, mas não vou lembrar o nome porque os 15 minutos delas já passaram. Imaginem cinco lésbicas de uns 15 anos cada dando gritinhos. Era tipo um cruzamento de T.A.T.U. com Le Tigre e Ramones. Cool.

Thursday, November 18, 2004

Bonito, hein, Norma Jean?!

Se você se escandalizou com os recentes filmes pornô de Rita Cadillac e Alexandre Frota, se ficou surpreso com a revelação de que Cameron Diaz fez filme-baixaria no começo de sua carreira e vibra de emoção a cada namoro desfeito de Paris Hilton, saiba que essas pessoinhas estão muito bem acompanhadas no hall of shame do mundo das celebridades.

A maior musa, o maior sex symbol do século XX, Marilyn Monroe, foi muito mais do que uma coelhinha da Playboy. Ela também fez pornô nos difíceis primeiros anos de sua carreira hollywoodiana. O filme, em um branco e preto bem danificado, foi descoberto há pouco tempo e já está em exposição no recém-inaugurado Museu Erótico de Los Angeles. Em loop. A gravação, de 1947, mostra Marilyn aos 21 anos, acima do peso e acima do rapaz da foto logo abaixo.


Baixa!

Um filme pra ser esquecido

Você vê o trailler e gosta. O locutor diz ser o filme mais surpreendente desde "O Sexto Sentido". Uma de suas atrizes preferidas é a protagonista: Julianne Moore. Você lê o release e fica sabendo que a trama tem a ver com os limites entre a realidade e a imaginação, a lucidez e a loucura. Também fala da desconstrução da memória, tema tratado recentemente com competência em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças".

"Os Esquecidos" tem tudo, portanto, para ser um bom filme. Não é. É apenas um suspense sobrenatural pretensioso e nonsense. Se na primeira metade você se esforça para acreditar que a trama vai ter alguma substância no final, a segunda metade faz você "esquecer" que Julianne Moore foi um dia uma boa atriz. Ok, a culpa é menos dela do que do roteiro e do diretor, Joseph Ruben, que tem uma série de bombas em seu currículo (O Anjo Malvado, Dormindo com o Inimigo, O Padrasto).

Por que essa mania dos diretores de suspense de surpreender o espectador? Se o cara não é um Hitchcock, um Amenábar, ou mesmo um Shyamalan em boa forma, então KISS (Keep It Simple, Stupid!). A vontade de surpreender é tão voraz que atropela a lógica e deixa todo mundo com cara de interrogação na saída do cinema.

Dica: se você insistir em ver essa bomba, encare como uma comédia. Principalmente as cenas de abdução. É capaz que você consiga se divertir.

Wednesday, November 17, 2004

Roy Orbison

Indicações: em testes de laboratório, Roy Orbison mostrou-se um poderoso agente nos casos de nostalgia, melancolia, saudosismo e coração partido. Também eficaz quando aplicado em trilhas sonoras de filmes.

Contra-indicações: pacientes sensíveis ao princípio ativo melodrama e suicidas em geral.

Posologia: dose única de best of. Esqueça "Oh! Pretty Woman". Deve-se começar a aplicação por "In Dreams", Only the Lonely" e "Crying". Pacientes com vidas amorosas no estilo folhetinesco mexicano podem tentar "Llorando", com Rebekah del Rio. Em casos mais severos, Roy Orbison pode ser ministrado juntamente com o filme "Veludo Azul", de David Lynch.

Reações adversas: lágrimas e uma leve sensação sedativa. Não é recomendável para condutores de automóveis ou operadores de máquinas. O consumo concomitante de bebidas alcoólicas deve ser igualmente evitado, por potencializar os efeitos. Há relatos isolados de pulsos cortados em pacientes suicidas.


Chico Xav..., ops, ROY ORBISON

Friday, November 12, 2004

Foi mal aê!



Nem todo americano é estúpido. Quase 50% deles se esforçaram nas últimas eleições para provar isso, sem sucesso. Agora que Inês é morta (assim como milhares de iraquianos), os democratas, ou pelo menos os cidadãos americanos de bom senso, resolveram arrumar outro jeito de mostrar ao mundo que nem todo yankee está olhando para o próprio umbigo. Mais de 2000 eleitores dos EUA já manifestaram seus pedidos de desculpas ao mundo por seu povo ter reeleito o afetado do George W. Bush. Isso demonstra uma real consciência de que o que eles decidem lá afeta ao mundo inteiro. As desculpas estão sendo exibidas no site Sorry Everybody.

Thursday, November 11, 2004

I don't give a...

Eu definitivamente num güento (né, FeFig?). Que a Peaches é louca, todo mundo sabe. Que é desbocada e bagaceira também. Mas e este site, lançado junto com o último disco dela, você conhecia?
Fatherfucker
Eu adoro mixar as letras. Experimente fazer S, D e G. Fica ótimo.

'tás a ver?

Se o leitor acha que já viu de tudo, prepare-se:

"Antes era só apitar às gajas e roubar no taxímetro. Mas troquei a violência verbal pela violência física. Agora sou um...


Abalando Lisboa em chamas. Hoje eu joguei contra um moleque do Porto e tomei uma surra. Mas se eles pensam que eu estou derrotado, voltarei com um macacão amarelo pra me vingar. Kill Manell. Tá, já vou trabalhar.

Wednesday, November 10, 2004

Vera Loyola


- Meu primeiro pedaço vai pra você

Minha mãe teve seu dia de Vera Loyola. Num evento super hype, convidou a high society do mundo animal (gatos não foram convidados por motivos óbvios) para o primeiro aniversário de Timão, o papagaio. Timão ficou muito feliz com a homenagem e adorou o bolo de abacaxi, que foi servido numa travessa da Veuve Clicquot. "Curupaco", disse ele.

Eu só me arrependo de não ter tirado uma foto dos meus sobrinhos, que adoraram a idéia e ficaram radiantes com a festa. 


- Dá o pé, lôro. E se me bicar de novo, te dou um peteleco. Posted by Hello

Palmas


O TIM Festival não vai ser esquecido tão cedo. A única coisa que não rolou mesmo foi o Cansei de Ser Sexy, que fica bem melhor em pocket show. Na verdade, desconfio que algumas músicas no rádio ou na MTV teriam feito muita diferença pra eles. Quem já conhecia, dançou e se divertiu. Quem não conhecia, torceu o nariz legal pras meninas gritalhonas. Ah, outra coisa que não rolou muito foi o Kid 606, que tocou antes do Kraftwerk. Chegou, tocou uma set eletrônico não muito original e saiu sem ninguém saber quem era.

Já o Soulwax, outra banda que pouca gente conhecia, conseguiu ganhar o público. Lembrou um pouco o show do LCD Soundsystem no sonarsound, música eletrônica feita ao vivo e com instrumentos "de verdade". A outra face do Soulwax, os 2ManyDJs, foi covardia, hedonismo puro. Fez uma multidão cansada de ser sexy se reanimar e dançar sem parar durante a uma hora em que tocaram, misturando Tiga com Technotronic, Nirvana com qualquer coisa eletrônica e Song 2. Só deu um pouquinho de raiva quando tocaram Primal Scream, porque me fez lembrar de um certo show que eu não veria.

O saldo do Tim foi, portanto, bem positivo. A organização também estava muito boa, o lugar estava bonito, ninguém ficou mais de 5 minutos em fila nenhuma e havia vários lugares pra comprar bebida (gelada). Os horários previstos para os shows foram, via de regra, respeitados. A idéia de separar as bandas em vários ingressos, que pareceu oportunista, até que funcionou, evitando que as pessoas pagassem por shows que não queriam ver. Parece que teve uma onda de furtos de celulares e câmeras digitais, o que é muito estranho em um festival com preços quase proibitivos. Quem não passou por esse problema, não teve do que reclamar. Posted by Hello

As cacuras puxaram pela memória



Wooooooo...

Madrugada de domingo para segunda, 1h, precedida por duas noites sem dormir e antecedida por um dia de trabalho não é exatamente a melhor ocasião para se ver um show. Eu tinha tudo para estar no nível mais baixo de minha tolerância, portanto. Mas, incrivelmente, o que aconteceu no show dos Pet Shop Boys foi o oposto.

Talvez se fosse um show cabeça, algo introspectivo, eu não aguentaria. Mas o que se viu foi uma sequência interminável de hits que incendiaram a platéia, e nem daria para ser diferente em se tratando dos PSB. Foi show pra cantar junto, lembrar de coisas, revirar o baú da memória em busca de dias perdidos nos anos 80 e 90. E mesmo aquelas músicas menos divertidas, como Suburbia, ficaram ótimas ao vivo.  Posted by Hello

Tuesday, November 09, 2004

Boicote!

Estou desolado. Tudo indica que alguém teve a brilhante idéia de bloquear o Orkut no meu trabalho. Primeiro foi o MSN, depois o bilhete único, que me proibiu de vender os passes e garantir uma renda extra. Agora, o Orkut. Que motivo mais eu tenho pra vir trabalhar?
*
Quando eu me recuperar posto sobre os outros shows do TIM Festival.

Monday, November 08, 2004

O dia em que quatro robôs me emocionaram


Todo mundo tem um sonho de infância. Algumas pessoas sonham em conhecer a Disney. Outras, em comer a Xuxa. Meu sonho de infância foi realizado na última sexta-feira, mesmo que eu, até então, não tivesse consciência de que isso era algo tão importante pra mim.

Quando o Kraftwerk entrou no palco do Tim Festival, imediatamente me vi como um menino de 8 anos, idade em que eu pela primeira vez vi aqueles robôs e homens construídos em computador, cantando em clipes no Clip Trip da TV Gazeta. A imagem era um tanto assustadora para um moleque de 8 anos. Para mim, remetia a monstros como o do filme Hellraiser. Mas nada como boa música para vencer o medo. Ficava hipnotizado. 

Me emocionei de verdade com os robôs. Porque me fizeram lembrar de minha infância, porque naquela época eu nem imaginava que um dia poderia vê-los ao vivo, porque eu não estava esperando um show tão bom, porque eles representam uma influência absurda em 90% de tudo o que eu gosto em música, porque eu ouço The Model cada vez que um amigo me liga no celular. Pronto, fiquei emotivo de novo.  Posted by Hello

Friday, November 05, 2004

Ouve bem



O cotonete é uma invenção muito útil para humanidade. Desde que usado com parcimônia, ele auxilia na higiene auricular e na saúde humana em geral. Ao usar o cotonete, você pode inclusive melhorar sua audição e se preparar, por exemplo, pra ouvir música boa num festival. Posted by Hello

Thursday, November 04, 2004

Dead or alive?


Quem vai herdar essa echarpe, eu me pergunto.

O Bush até já mandou Deus (seu subordinado) abençoar a alma dele. Já matou o coitado. Eu acho que o Arafat ficou tão passado com o fim da ocupação israelense na Faixa de Gaza que acha que agora pode ir em paz. Porque paz pra palestino só morrendo mesmo.

Consenso de Washington

A Mostra de Cinema está acabando e eu só consegui ver um filme. Saudade dos tempos em que eu podia ficar pulando de sala em sala com o guia na mão. Saudade de quando eu tinha paciência pra pegar fila e chegar com muita antecedência.

O único filme que eu consegui ver foi um documentário argentino chamado "Memoria del Saqueo", sobre a crise cambial argentina que culminou na queda do presidente De La Rúa. Gosto de documentários, me interesso pelo assunto, o filme é muito bom... taí, até que minha única seta foi bem direcionada.

Memoria del Saqueo ataca a neoliberalismo selvagem que foi imposto à Argentina e aceito de braços (e pernas) abertas pelo presidente Menem. Critica a privatização desenfreada que foi feita por lá, entregando barato aos europeus estatais estratégicas como a petroleira YPF. E mostra a miséria desoladora que é o outro lado da moeda argentina, um país que vive o sonho europeu e acorda no pântano latino-americano.

O documentário foi considerado pela crítica o "Fahrenheit 9-11" argentino, e é mesmo muito difícil não lembrar de Michael Moore ao vê-lo. Os alvos são muito bem escolhidos e atacados pelo diretor Fernando Solanas. Este, no entanto, fez questão de ressaltar em rápida conversa com a platéia depois do filme que Memoria del Saqueo estreou em fevereiro na Argentina, muito antes, portanto, do filme do americano. "Moore ha visto muchas de mis peliculas", provocou Solanas.

Daí a gente fica pensando por que um filme desses nunca foi feito no Brasil. Por que ninguém contou direito as histórias de nossas crises recentes? Podia até ser uma sobre o impeachment do Collor. Seria a cara do Jabor, se ele fosse do tipo de cineasta que faz filme.