Monday, May 30, 2005

Tipo afim

Hoje jantei arroz, rúcula, frango cozido e um bife de língua. Carpaccio de língua, pra ser mais preciso, porque estava crua. Sim, dei uma mordida de uns 6 mil kg-força na minha. Fó queria contar ifo pra vofês.


Tá usando bastante em Amsterdam

Tuesday, May 24, 2005

Pilantropia

Com a proliferação de instituições de caridade, 0800 beneficentes, crianças nos faróis e pais de família desempregados no metrô, a filantropia é um tema urgente e ainda pouco discutido na sociedade brasileira.

De cara, posso dizer logo que não acredito em caridade. Tudo aquilo que se faz é em benefício próprio, nem que esse benefício seja a mera limpeza de consciência. Como se o ato de doar meia dúzia de roupas velhas isentasse alguém da parte que lhe cabe no latifúndio da desgraça social. Pois eu acho que não isenta. Não digo com isso que não faço doações, apenas não me iludo ao ponto de achar que sou uma pessoa melhor por isso. Além disso, nada destrói mais a cidadania de alguém do que colocá-la na posição de coitada (sinônimo de fodida). A partir do momento em que aceita essa condição, uma pessoa dificilmente consegue abandoná-la.

O Adão Iturrusgarai nos mostra uma galerinha que não aceita

Na era Lula, onde os "Fome Zero" geram mais barulho do que barrigas cheias, o filme "Quanto Vale ou É Por Quilo", de Sérgio Bianchi vem bem a calhar. Trata-se, entre outras coisas, de uma paulada na institucionalização da "pilantropia", verificada nas organizações do Terceiro Setor que consomem em sua própria estrutura todo dinheiro que arrecada. Em dado momento, como em um documentário, o filme revela que para cada criança de rua assistida por essas organizações no Brasil, há incríveis 5 funcionários recebendo salário dessas ONGs. Outra cena exemplar é uma disputa entre duas associações para auxiliar um morador de rua. "Este pobre é meu".

Se por um lado alimentar as instituições de caridade pode ser um caminho tortuoso e pouco efetivo para aliviar as necessidades dos excluídos, todos estamos cansados de saber que dar dinheiro em faróis também não adianta. O Jornal Nacional mostrou isso ontem. Há sempre algum adulto pilantra para receptar o dinheiro que a criança indefesa recebe. Dessa forma, não há caminho fácil. É continuar cobrando uma melhor educação pública, uma maior distribuição de renda. Porque paliativos não resolvem.

Friday, May 13, 2005

Até o chão

Amigos, preparem seus bolsos para o segundo semestre. Cancelem aquela compra supérflua, voltem a comer no quilo, cortem o cabelo no barbeiro da esquina, agendem apenas programas de menos de duas horas, que é para aproveitar o bilhete único, e façam a feira no final, porque a ordem é economizar para a maratona de festivais que está por vir.

A maioria dos festivais vai se concentrar em setembro, mas já teremos uma boa prévia do que há de vir ainda no primeiro semestre, com o show do White Stripes no dia 4 de junho. E mãos ao alto, porque a meia entrada vai custar R$ 60. A venda começa na segunda-feira, e deve rolar fila, histeria e gente acampando na porta na noite anterior.

Então, daí em setembro tem Curitiba Pop Festival, Nokia Trends (sem o Sonar), Campari Rock e Claro que é Rock. Fala-se em Foo Fighters e Bloc Party (a agenda da banda está vaga naquele mês).

No final de outubro, é a vez do TIM festival. Ainda não sei se eles vão continuar com o revezamento entre Rio e SP (se sim, esta é a vez dos cariocas), mas, se forem confirmadas as especulações, é programa obrigatório. Franz Ferdinand, Interpol, Kasabian e a louca da M.I.A. devem aportar por aqui.

Gosto tanto.