Thursday, March 30, 2006

Bom, bonito e Bahia

Ainda há boas idéias no mundo da publicidade.




Esta campanha da Playboy argentina, por exemplo, visa a recrutar "mulheres comuns" para a capa de março. Eles instalaram anúncios em portas de banheiro e em vestiários femininos e distribuíram toalhas de praia simulando a capa da revista.

Friday, March 24, 2006

Dança da pizza

O Plenário da Câmara, palco eterno de putarias e sambas de crioulo doido, virou por alguns segundos uma verdadeira pista de buaty no início da última madrugada. Por volta da 1h, mesmo sem música ambiente, a deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP) fez uma dancinha bem rebolativa para celebrar a absolvição de seu colega João Magno (PT-MG), ameaçado pela cassação. O número ficou conhecido como "a dança da pizza". As câmeras da Câmara (é...) captaram a sambadinha, para desespero da deputada.



Os oposicionistas ficaram revoltados com a afronta da parlamentar fofucha. Com certa razão, eu acrescento. Tripudiar com a impunidade de alguém que confessou ter recebido R$ 425,95 mil das contas do empresário Marcos Valério não é atitude das mais nobres.

Mas eu não consigo ficar revoltado com alguém que se parece muito com uma tia. Não especificamente minha tia, todo mundo tem uma tia com esse porte, que dança assim em churrascos de fim de semana. Além do mais, ela já havia comprovado sua idoneidade ao sugerir a suspensão do mandato do amigo no Conselho de Ética. Tia Angela ainda se defende dizendo que o ato foi apenas uma "manifestação humana de um sentimento pelo amigo". Eu preciso apertar essas bochechas.

Thursday, March 23, 2006

Pregando no deserto

Então, o garotinho entrou no tempo e observou todos os fiéis depositando dinheirinho no garrafão d'D'us. Era um recipiente assim, mais ou menos deste tamanho, com um gargalo um tanto maior que o de um garrafão de vinho. O menino aproveitou-se do transe provocado pelas palavras divinas do pastor e, sorrateiramente, enfiou lá sua mãozinha infantil para agarrar algumas moedas. Ao perceber que não conseguia tirar a mão do recipiente, desatou a chorar. O pai foi em seu socorro, e o menino jurou que havia colocado a mão lá por acaso. O homem, muito sabiamente, aconselhou ao menino que abrisse a mão, pois assim ela passaria pelo gargalo. 'Mas se eu abrir a mão, eu perco as moedas'. [risos discretos] Vejam só vocês, a ardilosidade de uma criança. [gargalhadas] E você, já conseguiu abrir sua mão? [franzindo a testa] Já foi capaz de escapar das mãos do demônio e abdicar dos bens materiais em nome de um bem maior, aquele que é estar nas mãos do Senhor?


Agradeço ao R. R. Soares, responsável pelos melhores momentos de humor involuntário da semana ao pregar no deserto da TV aberta brasileira.

Sunday, March 19, 2006

Parem as máquinas

Daqui a uma semana acontecerá minha colação de grau. Nem sei ao certo como é a cerimônia, mas em se tratando de ECA, que ninguém espere beca, pompa ou circunstância. Vai ser bem furreca, mundrungo, rasta-pé. O importante e realmente significativo é que eu vou lá pegar o papel e sacramentar a minha saída da faculdade. Yay!

O momento pede um balanço - neste caso, um tanto cínico, já vou avisando. Sem querer renegar a faculdade onde, afinal, consegui a formação que paga meu aluguel, eu esperava muito mais dela. O curso de jornalismo - qualquer um - ensina pouco, e a ECA resiste em colocar os pés no chão e os olhos no mercado de trabalho. A maioria dos professores tem uma visão romântica e ultrapassada da profissão, e isso me irritava.

Foram ensinar, por exemplo, como se faz uma boa pesquisa no Google lá pelo quarto ano, e em disciplina optativa, que muitos alunos não fizeram. Agora, virar a madrugada em delegacia? Pediram. Fim de semana em acampamento de sem-terra? Claroquesim. Jornalista, lá, precisa ter o pé vermelho de barro. Jornalista, lá, só se for repórter.

E lá se vão uns 20 estudantes burgueses provar que são bravos, que não têm "nojo" de dormir em barraca de sem-terra. Não fui, óbvio. Porque sabia que aquilo não seria relevante para minha profissão, para o caminho que eu queria trilhar. A verdadeira cor do jornalista atual é o branco-escritório, não o vermelho-assentamento. Entendo que isso seja frustrante para a maioria dos meus colegas, mas eu prefiro assim.

Talvez eu ainda acabe me aposentando em um cargo público, daqueles detrás de uma pilha de papéis e com um carimbo na mão. Considerando-se a precariedade do mercado de trabalho e a remuneração indigna da grande maioria dos jornalistas, esse é um ideal de felicidade.

Thursday, March 16, 2006

Voou pena de tucano

Tá certo que o governador Alckmin é de direita, que governou pouco e não soube resolver os problemas de segurança do Estado (apenas surfou na boa onda financeira deixada de herança por Covas). É verdade que ele é católico fervoroso e integrante da Opus Dei, o que significa defender valores como a família, a tradição e a religião (lembremos que a Nação é laica) em plena campanha. Mas só pelo prazer de ver essa cara azeda do Serra, a escolha tucana já valeu a pena. Na foto, o vampirão cumprimenta o picolé de chuchu após perder para ele a disputa interna que definiu quem seria o candidato do PSDB nas eleições presidenciais.

Voltei

Então, voltei. Eu ia fazer uma redação do tipo "minhas férias", mas alguém aí compra jornal de anteontem? Nem eu. Então só aviso que o carnaval foi quase família, tanto quanto se pode ser no Rio de Janeiro. E que estou muito feliz. :) E que usar ipod mini na sunga D&G, também conhecido como "personal boite", parece que virou tendência por lá. Hahahaha, alguém me dá um Plasil e uma carona pra BH?