Wednesday, January 31, 2007

Plano Piloto

De volta de Brasília e ainda encantado com a cidade. Não sei se o simples fato de viajar, que é algo que eu adoro fazer, me deixa automaticamente propenso a ver tudo com bons olhos. Mas o fato é que eu gostei de Brasília, é um turismo que eu já recomendei a todas as pessoas com quem falei depois da volta.

Meu principal motivo para ir à cidade fui rever um grande grande grande amigo que fui morar lá há cerca de um semestre. Claro que há outros motivos, como a viagem pela viagem, a arquitetura (outra paixão), a aventura de ir de carro e a visita ao Yuri, outro amigo, que conheci pelo blog.

O Palácio do Itamaraty é um absurdo. Desde o saguão da entrada, com um vão livre de tirar o fôlego, passando pela escadaria azul do Niemeyer que rouba a atenção até chegar às salas onde o presidente e diplomatas recebem os presidentes de outros países e suas comitivas oficiais para jantar, cada detalhe vale a visita.

E quando eu achei que esse seria o ponto alto do passeio, veio o Congresso Nacional. Não é tão bonito ou glamouroso quanto o Itamaraty, mas a sensação de estar dentro da cumbuca côncava (Câmara) ou da convexa (Senado) é indescritível. Eu me senti uma criança sentado na cadeira do deputado e brincando com os botões que ele usa para votar temas da mais alta importância para o País. Ainda sobre o Congresso, até agora estou sem entender como as cumbucas vistas de frente são simétricas, e vistas de trás são completamente assimétricas em relação aos dois prédios centrais. Mistérios de Oscar Niemeyer.

Esse eixo monumental, que é onde ficam quase todos os prédios oficiais do governo brasileiro, também merece uma visita noturna, quando os prédios brancos de formas inusitadas ganham um ar meio extraterrestre.

Quanto ao lado ruim da cidade, não pretendo ser original. Por ser obsessivamente planejada, há pouco daquele caos que dá humanidade a uma cidade. É o avesso de São Paulo. Com blocos e quadras tão parecidos, a sensação de ter passado na mesma rua é uma constante, chega a ser surreal. Há setor para tudo, há até uma rua de farmácias. Para viver bem em Brasília, carro é quase fundamental. Para ir à padaria, inclusive.

Quase não se vê pobres no Plano Piloto, eles estão nas cidades-satélite. Daí à cidade ser freqüentemente chamada de "ilha da fantasia". Até mesmo pedestres são escassos. Brasília é um avião. Asa Norte, Asa Sul. A fuselagem é o eixo monumental. Se você está dentro do avião, parabéns e boa viagem. Se estiver do lado de fora, não há pára-quedas para você.

Abaixo dois videozinho que eu fiz por lá: o primeiro mostra a troca da guarda dos Dragões da Independência, em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes brasileiros. O segundo foi feito dentro da Catedral.

Wednesday, January 24, 2007

Já volto

Eu vou dar um pulinho ali em Brasília e já volto. Ia preparar um set de modernidades para postar aqui antes da viagem (a lazer, por estranho que possa parecer), mas achei o disco novo do Bloc Party tão bonito e incrível que sinto como se fosse minha obrigação compartilhar com vocês.

A Weekend In The City

Daqui a pouco eu volto e conto as notícias do Planalto.

Tuesday, January 23, 2007

Alguém aí compra um filhote de gato persa?

Não? E quatro?

Como muitos de vocês sabem, eu divido apartamento com este figura, que vem a ser dono de um casal de gatos da raça persa. Eles só fazem soltar pêlo e trepar. Resulta que hoje de manhã quatro gatinhos eclodiram das entranhas da gata. Ainda não sei bem se são filhotes ou bolas de pêlo expelidas pela Sukeena, a mãe da suposta prole. Caso alguém queira comprar bolas de pêlo, também estamos vendendo, aliás.

Tipo, rápido, já era difícil lidar "só" com dois gatos em casa.

Friday, January 12, 2007

Aniversari'ants

Nesta sexta-feira (12/01), boto um som lá no Puri outra vez (Puri Bar & Restaurante - R. Augusta, 2.052, Cerqueira César - em frente ao CineSESC). O evento faz parte da semana oficial de comemorações pela minha entrada na terceira idade. Meu set está uma coisa, digamos, "ultimate Ants hits". Presença confirmada de celebridades de segunda linha, ex-BBBs, jurados do Sabadaço e comentaristas do Superpop. Coisa fina, cola lá.

Tuesday, January 09, 2007

27

Sim, este é mais um post de aniversário. Eu adoro fazer drama sobre envelhecer, mas juro que é drama e só. Filho mais novo de uma família enorme, sempre convivi com e admirei os mais velhos. E sempre pensei como eles. Talvez por isso mesmo, eu me sinta melhor e mais interessante a cada ano que passa - estou abrindo meu coração, não é hora para falsas modéstias.

Sei que a cultura atual valoriza demasiadamente o comportamento e a estética adolescentes. Sinceramente, não me fazem falta a insegurança, a dependência, a impulsividade e - por que não lembrar? - a acne daquele período da minha vida.

Ademais, acredito piamente que nossa geração vai lidar com seus 30 ou 40 anos de uma forma bastante mais positiva do que as gerações que hoje estão nessas faixas etárias. Com a queda da taxa de natalidade e a maior longevidade, nossa geração continuá sendo maioria daqui a alguns anos, não se esqueçam. Encontraremos uma forma de seguir com a festa. Hoje vou fazer a minha.

Thursday, January 04, 2007

Irritando Ants

Não, este post não tem nada com Fernanda Young, que bem poderia figurar a lista. Vou elencar cinco das coisas que mais me irritam - a convite da Libaneusa, uma pessoinha muito mais digna que a Young. Admito que a lista é longa e muita coisa ficou de fora, mas minha tolerância aumentou bastante nos últimos anos, desde que encontrei Gsus em uma choupana de Mogi das Cruzes. De modo que não foi tão difícil assim escolher o meu top 5. Ei-lo:

* Falar alto
Geralmente, a potência da voz de uma pessoa é inversamente proporcional à qualidade do discurso. Pode reparar. Eu queria ser um daqueles abençoados que falam baixo e ainda assim atraem toda a atenção para a sua fala. Eu falo baixo, e ninguém escuta. Má vá gritá prá lá.

* Gente que acabou de me conhecer e exige intimidade
Ai. Este caso é um pé tamanho 48 no saco. Eu mal conheço a pessoa e ela vem pedindo para eu falar mais, para me soltar. Eu faço isso com quem tenho intimidade, ou pelo menos com quem eu quero muito ter intimidade. E que não me cobre, porque aí é que eu não falo, mesmo. "Você é quietinho, né?". Ugh!

* Carão
Tá com azia? Fique em casa. Ou pelo menos pare de me olhar e dissimular o interesse. Eu acho que carão é tensão sexual reprimida por muito tempo, aí fica aquela cara de mágoa. Avoua.

* Neo-hippies
Sandália de couro (cara), bolsinha de crochê, roupa de cânhamo, cabelo ensebado-desgrenhado para chocar mamãe, naquele "bar-sebo-bistrô sussa da Vila Madá", fumando a maconha que a empregada de mamãe traz do morro, ouvindo Cordel do Fogo no Rabo Encantado, porque Los Hermanos ficou muito 2003. Se achando super na sua, sendo que o "na sua" dele(a) é igual ao "na sua" de outros muitos milhões de nanaíras pelo Brasilzão de meu Deus afora.

* Comida com temperos inadequados
Alguém um dia sacramentou que todo peixe refogado deve ter coentro. Não, minha gente, não deve. Dia desses, encontrei pimentão na lasanha. Por quê?, meu caro chef. Não faz a Palmirinha pós-moderna, que meu estômago não é fim de feira. Menos é mais.

Wednesday, January 03, 2007

Eu emo vocês

Feliz 2007, meu povo brasileiro! Eu amo vocês. Desculpem-me se eu estou um pouco emo, é que começar o ano com a notícia de que estamos prestes a ver nascer um novo álbum dos Smashing Pumpkins só pode ser um bom presságio. Está tudo lá no MySpace da finada-e-prestes-a-ser-ressuscitada banda.

Não é ótimo? Nada mais oportuno nesta época, em que a molecada anda ouvindo My Chemical Romance e fingindo ser triste. Smashing Pumpkins foi um emo roots, misturem a franja do James Iha com a lamúria do Billy Corgan e me dêem razão. Mas era bom. Panic At The Disco? Não.

No blog da banda, o Corgan explica: "Por muitos anos, lamentamos oportunidades perdidas e corações partidos, mas agora chega... Nós viramos a página e seguimos em frente". Que o baterista continuou amigo de Corgan, é público e notório. Mas isso significa que o careca também fez as pazes com James Iha e D'arcy, para retomar a formação original? Silêncio.

Anyways, estou esticando minha franja. Se o disco sair logo, não custa sonhar com um show por aqui antes do fim do ano.