Wednesday, May 31, 2006

Perdidos no My Space

Pra quem ainda não conhece, o My Space é tipo um Orkut de música boa. É assim: primeiro você entra no perfil de um artista. Se gostar, vasculha os perfis dos contatos dele, e certamente você encontrará mais coisas interessantes.

Recomendo muitíssimo:

* Whitey
* Justice
* White Rose Movement
* Etienne De Crecy
* Erol Alkan

Sunday, May 28, 2006

Perdão, substantivo masculino

Remissão de pena ou de ofensa ou de dívida; desculpa, indulto

Em minha vida, não conheci o crime sem castigo. Os erros dos quais me lembro ter feito foram invariavelmente sucedidos de penas. Mesmo que a pena seja aquela que a nossa própria consciência nos impõe, a culpa.

Quanto aos erros alheios, o mais perto que eu consigo chegar do perdão é o esquecimento. Revido à falta com pequenos e sucessivos castigos (em geral, mostras de indiferença) até o dia em que eu consiga me esquecer do crime que originou o caso, ou deixar de me importar com ele. Isso é perdão? Perdoar, para mim, não passa de um verbo abstrato, baseado na fé de que conviver com dano alheio de forma passiva nos tornará superiores e dignos de um espacinho no reino dos céus.

Thursday, May 25, 2006

De verde e amarelo

Mais uma Copa do Mundo se aproxima, Brasil é favorito e a Pátria já veste verde e amarelo. Se eu vou acompanhar as partidas do conforto do meu lar, tomando cerveja e comendo pipoca? Claro que não, vou trabalhar na cobertura do Mundial. Jornalista serve pra se ferrar de verde e amarelo mesmo. Quem mandou não estudar?

Ainda se eu fosse enviado à Alemanha, ou pelo menos à Suíça, onde a Seleção está treinando... mas vou fazer meu plantão aqui mesmo em São Paulo. Quase um mês e meio de trabalho quase ininterrupto, porque fim de semana é para os fracos. Me leva, Suíça!

Tuesday, May 23, 2006

Impaciência

Dá licença que hoje eu estou birrento e me senti o dia todo disposto a falar sobre coisas das quais eu não gosto. E se tem algo que realmente me irrita é o raciocínio de orelha. Sabe aquela pessoa que ouve uma opinião e momentos depois faz questão de vomitá-la em uma roda de amigos, como se fosse sua? Taí, odeio!


"Eu acho que au-au"


Basta ler a Folha de S. Paulo com uma certa regularidade para entender do que eu estou falando. Como é o jornal mais lido do País, as opiniões expressas em seus variados cadernos pipocam na pauta do dia nos também variados ambientes sociais. Saia de uma sessão de cinema e preste atenção. Pelo menos um comentário que você leu na crítica da Folha será proferido naqueles cinco minutos pós-sessão, em que as pessoas sentem a obrigação de dizer algo inteligente sobre o filme. Não dá! Como diria aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo, "mas fala diferente".

Missão do dia: chute um infeliz com ghost writer intelectual.

Enquanto isso, no Orkut...

Dá uma olhada nas fotos da nossa festa, ficaram ótimas. http://truque!!!.exe

Eu continuo tentando lembrar o que eu tomei no fim de semana passado para ter estado em tantas festas, tirado tantas fotos e não me lembrar de absolutamente nada!

Tuesday, May 16, 2006

Day after

Após o dia traumático em que o crime organizado parou São Paulo, deu para perceber que boa parte do pânico foi gerado por boatos. Ainda bem que continuamos capazes de nos assustar com essas coisas, realmente triste vai ser quando nos acostumarmos a isso.

Eu, assim como meus colegas de trabalho, dormi em um hotel na noite passada. Na curta caminhada de uma quadra entre a redação e o hotel, deu para notar o clima de cidade sitiada da cidade às 22h, horário em que São Paulo costuma ainda pulsar.

Já no fim da noite, sabíamos em off que o governo do Estado havia negociado com Marcola, o chefão do PCC, para um cessar-fogo. Marcola teria ordenado o fim dos ataques em troca do direito de ter banhos de sol diários e visitas de seu advogado. Em ano eleitoral, não é de se espantar que o acordo tenha sido aceito de pronto. É hora de começarmos a pensar em quem votar para substituir Marcola no governo de São Paulo.

Monday, May 15, 2006

Pânico em SP

A música dos Inocentes nunca fez tanto sentido. Pânico em SP.

As sirenes tocaram/As rádio avisaram/Que era pra correr/As pessoas assustadas/Mal informadas/Puseram a fugir... sem saber do que
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
O jornal, a rádio, a televisão/Todos os meios de comunicação/Neles estavam estampados/O rosto de medo da população
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
Chamaram os bombeiros/Chamaram o exército/Chamaram a Polícia Militar/Todos armados/Até os dentes/Todos prontos para atirar
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP


São quase 20h30 e ainda estou no meu trabalho. Por aqui, os funcionários que quiseram ir embora foram liberados por volta das 15h. A área de conteúdo não (os jornalistas), que nós somos os que mais trabalham nessas horas. O clima era de terror, só agora as coisas parecem ter se acalmado um pouco.

Durante a tarde, viu-se de tudo. Faculdades, supermercados, lojas e shopping centers fechando as portas em toda a cidade. Celulares não funcionaram por algum tempo, provavelmente por congestionamento das linhas. Não há ônibus circulando. Achar um táxi é tarefa dificílima. Da janela da redação, deu para ver a Marginal Pinheiros completamente congestionada às 15h, com as pessoas que deixavam seus locais de trabalho mais cedo. Amigos e familiares em alguns pontos do interior do Estado, como Jundiaí e Ribeirão Preto, relataram um clima de terror parecido.

Por segurança e para garantir que seus funcionários poderão trabalhar amanhã, a empresa reservou um hotel aqui perto para que passemos a noite. A reação que os marginais queriam de nós era exatamente essa, a de medo, mas torço para que possamos ter a coragem de não deixar esse clima se prolongar. Amanhã conto mais, sobre as coisas em São Paulo e sobre o Skol Beats.

Good as Gold

O Tiga foi a melhor coisa que me aconteceu no Skol Beats do fim de semana passaado. Apesar do horário (começou às 21h30) e apesar de eu já ter visto dois sets dele antes, o que o cara fez em duas horas na tenda "The End" foi inesquecível. Mesmo sem apelar para alguns de seus maiores hits (nada de "Pleasure from The Bass", "Sunglasses at Night" ou "Madame Hollywood"), ninguém ficou parado. Teve teasers de "Washing Up", do Thomas Andersson, em várias viradas, e os remixes que o canadense fez para "Hot in Here", do Nelly, e "Tribulations", um grand finale em homenagem ao LCD Soundsystem, que tocaria logo mais no "Live Stage". Das composições próprias, o Tiga ainda mandou "Good as Gold" e "You Gonna Want Me". Precisa de mais? Estava tão bom, que passou rápido e acabei perdendo o combinado Deize Tigrona+Turbo Trio (alguém viu?).

Friday, May 12, 2006

Consultoria de estilo

As noites em São Paulo neste mês têm oscilado em torno dos 10ºC. Isso significa que neste sábado, no Skol Beats, o ideal será levar no mínimo uma malha. Dentro das tendas, malha amarrada na cintura. Fora delas, toca a recolocar a blusa.

Depois de um longo período sem chuvas, a cidade registra garoas desde a tarde desta quinta-feira. Para não fazer o dançarino de frevo bailando com sombrinha, casacos com capuz serão bem-vindos. Alternativa: boné, sobretudo para os portadores de chapinhas, alisamentos japoneses e escovas (progressivas, regressivas, permanentes ou não).

Acessório fundamental: óculos escuros. Porque ninguém precisa conhecer às 6h a cara que você fica depois de uma noite sem sono. Além disso, o Tiga pode tocar "Sunglases at night", e se você for o único que não entender nada, não diga que eu não avisei.

Monday, May 08, 2006

Inominável

Olhei pela janela e vi, estampado em um rosto totalmente estranho, o espanto do reencontro inesperado. Eu jamais havia visto aquela mulher, nunca, em nenhum momento de minha vida, aquele rosto significou qualquer coisa para mim, disso eu sei. Mas ela continuou a me fitar por dois infinitos segundos, como se esperasse por esse momento há décadas, séculos, eras. Finalmente, eu me encontrava a centímetros de distância. Se um dia estivemos separados por não-se-sabe quantos quilômetros e não-se-sabe quanto tempo, agora estávamos separados por uma janela, um vidro temperado de 8 milímetros de espessura e alguma fuligem. Do lado de lá, um turbilhão de emoções, das quais apenas algumas eu consegui captar naquele semblante. Surpresa, êxtase, comoção. Do lado de cá, apenas a indiferença e o estranhamento. A composição partiu, e nos três minutos que separam uma estação da outra, cogitei descer e esperar por ela. Desgraçadamente, não o fiz, e aquele rosto acompanhou meus pensamentos por décadas, séculos, eras. Mesmo que inconscientemente, eu a procurava em multidões. Temia nunca poder saber por que lhe causei aquele misto de sentimentos, para o qual nem se inventou um nome ainda. Chegava a doer. Até que um dia, da plataforma da estação, eu a vi, juro que sim. Do lado de cá, surpresa, êxtase, comoção. Do lado de lá, a indiferença e o estranhamento. O trem partiu.

Friday, May 05, 2006

Cãezinhos dos teclados

Eu não sei quem fez ou do que se trata, mas este site bacanão chegou até mim e eu simplesmente não consigo parar de assistir ao vídeo dos cachorrinhos electro.



Cãezinhos, trilha do Vitalic, néon e muita pose. Vício.