Friday, February 24, 2006

Samba, suor e cerveja

Sol, mar, areia, calçadão de Copacabana, baile funk, açaí na praia, Banda de Ipanema, KFC, biscoitos Globo, batidão, atoladinha, amigos, pingentes, valérias, hans...

Vou passar o carnaval ali no Rio de Janeiro e já volto.

Thursday, February 23, 2006

Katilce

Wednesday, February 22, 2006

Gsus Christ Superstar

Fraldão de linho branco ficou muito milênio retrasado, vocês não acham?



Seja o personal stylist d'Ele.

Tuesday, February 21, 2006

73 mil katilces

No intervalo entre o show do Franz Ferdinand e o do U2, pensei ser um exagero 2h30 para uma apresentação dos irlandeses. Como não sou exatamente fã da banda, imaginei que fosse bodear no meio do show. Bastou sentir a tensão causada na platéia pelos primeiros acordes de "Vertigo", conjugada com um espetacular efeito no telão, para mudar de idéia. Havia me esquecido de como o U2 é bom ao vivo, e este show foi melhor que o de 98.

Nem dá para se importar com o tom panfletário ou com as frases populistas de Bono Vox. Se um cara consegue manter 73 mil pessoas em suas mãos por 2h30 seguidas da forma ele fez ontem, fica fácil acreditar que ele será bem sucedido em suas pretensões políticas. O que foi aquilo com os celulares? Carisma é a palavra. Éramos 73 mil katilces no Morumbi.



Perante a opulência pirotécnica do U2, o show de abertura acabou ficando injustamente pequeno. A duração de 40 minutos é pouco para o Franz Ferdinand. O som estava baixo demais e eles ainda não estão prontos para um estádio como o Morumbi. Mesmo assim, era o Franz Ferdinand, e no final da apesentação não havia ninguém de braços cruzados, mesmo que aquele, definitivamente, não fosse o público deles. Houve tempo para "Do You Want To", "The Dark of the Matinée", "Michael", "Walk Away" e "Take Me Out". A bagunça de bateria perto do final do show, emendada com "This Fire" foi incrível. Das que eu queria ouvir, só faltou "Jacqueline", mas não se pode ter tudo em uma noite, não é verdade?



O público-preguiça que perdeu seu tempo em filas quilométricas no Pão de Açúcar só se manifestou em gritos do tipo "chupa Rolling Stones", como se houvesse uma competição entre as duas bandas. Sobrou até um "chupa Pavarotti" quando Bono cantou "Miss Sarajevo".

Monday, February 20, 2006

Foi D'us



Gsus operou e eu consegui comprar o ingresso de meia entrada na sexta-feira. Franz Ferdinand e U2, daqui a pouquinho. Sem fila, sem histeria, sem redial. Lucky, lucky, I'm so lucky. Amanhã conto tudo.

Friday, February 17, 2006

Wimbledon

"Match Point", filme de Woody Allen que estréia hoje no Brasil, é uma partida de tênis dramática. Em suas aproximadamente duas horas de projeção, a obra reflete sobre os limites entre a sorte e o senso de oportunidade. Daí a analogia com um jogo de tênis - o personagem principal, brilhantemente interpretado por Jonathan Rhys Meyers, é um jogador de tênis talentoso porém fracassado, e o próprio título do filme remete ao ponto decisivo de uma partida.

Assim como em "Poderosa Afrodite", de 1995, o novo filme de Allen flerta com a tragédia grega. Os pesados questionamentos morais e as conseqüências trágicas de atos reprováveis estão lá (traição é o primeiro deles). Mas aqui a sorte, novamente ela, pode se sobrepôr aos desígnios divinos no ponto final da partida.



Quase não se ri em "Match Point", o que é estranho para um filme de Woody Allen. A locação em Londres e sensualidade também são componentes novos. Mas a conhecida maestria na direção de atores está lá, como uma espécie de assinatura do diretor. Recomendo.

Thursday, February 16, 2006

Não confunda


O deputado federal Sandes Júnior é membro do Conselho de Ética da Câmara. Já a dupla sertanoja Sandy&Júnior é filha do Chitãozinho&Xororó e namorada da Família Lima.


O tenente-general brasileiro José Elito é o comandante da missão de paz da ONU no Haiti. Já o Joselito não tem noção de onde fica o Haiti nem sabe brincar de guerra.
**
Descobri recentemente que uma amiga é cunhada do ator que faz o Joselito. E eu reclamando dos meus cunhados...

Tuesday, February 14, 2006

O, Draconian Devil!

Eu resisti, relutei, tentei ignorar. Mas a poucos meses da estréia de "O Código Da Vinci" - o filme - decidi superar meus preconceitos e finalmente começar a ler o best seller de Dan Brown. Queria ter uma opinião sobre a adaptação do Ron Howard (diretor que desde já acredito estar aquém da obra).

E não é que todas aquelas pessoas no metrô estavam certas? Digo isso porque, pelo menos aqui em São Paulo, é muito difícil encontrar vagão sem ao menos uma pessoa com o livro vermelho nas mãos. Até sinto um certo constrangimento de ler a obra em público, pois imagino que estão todos me olhando e pensando "esse aí também deve ler Lair Ribeiro, Paulo Coelho e Zíbia Gasparetto", outras quase unanimidades nas linhas de metrô.

Preconceitos à parte, trata-se de uma obra surpreendente pelo nível de detalhamento da pesquisa histórica, entrelaçando teorias de conspiração dentro da igreja católica com mensagens ocultas em obras de arte. Paralelamente à leitura, tenho feito pesquisas na Internet sobre as obras e locações citadas. Descobri até que existe um roteiro turístico em Paris para seguir os passos do protagonista, Robert Langdon.



Por falar em Langdon, é um crime colocá-lo sob a pele de Tom Hanks. Ralph Fiennes caberia melhor na descrição do professor. Jean Reno como Bezu Fache é igualmente inconcebível. Em Hollywood, Jean Reno está para os personagens franceses assim como Sônia Braga está para as latinas. Gongo! Já Audrey "Amélie Poulain" Tatou como Sophie Neauveau é ok, embora eu preferisse Sophie Marceau.

Wednesday, February 08, 2006

Era uma casa muito engraçada...

Na capital do Haiti, Porto Príncipe, quase não há energia elétrica. Apenas nos bairros mais ricos (menos pobres) há energia, mas por apenas seis horas durante o dia. Iluminação pública noturna? Esqueça! E isso em um país onde a pobreza eleva a criminalidade às alturas. A água encanada é escassa. Tambem não há ônibus, e o transporte público se resume aos taptaps (foto), espécies de caminhonetes.



O país, sob gestão da missão de paz brasileira, realizou suas eleições na semana passada, na esperança de mudar um pouco esse quadro. Mas tamanha pobreza (com raízes na colonização francesa) não tem solução fácil. Se ao menos o Haiti tivesse uma riqueza natural do porte do petróleo, talvez a comunidade internacional fosse mais sensível à miséria do país...

*Vejam Syriana*

Monday, February 06, 2006

Cabelos embaraçados?


Rejoice neles!

Terceiras idades

Daí tem aquele filme, "Brokeback Mountain", que é sobre tudo aquilo que vocês ouviram falar, mas também é sobre envelhecer sem se dar conta das oportunidades perdidas. Filme triste, sobre pessoas tristes. Triste como a velhice.

Um dia depois de assistir ao filme, ainda sob seu impacto, sou surpreendido pela presença de uma senhora idosa que eu não conhecia em minha sala. Estava limpando o apartamento, por acaso a porta estava aberta. Alguns segundos depois da minha surpresa inicial, a senhora começa a falar coisas sem sentido. Em looping. Viu "O Aviador"? A cena que marca a loucura da personagem do DiCaprio? (Show me the blueprints. Show me the blueprints. Show me the blueprints...) Era mais ou menos assim.

O mais angustiante é que ela estava sempre a dizer tchau, mas não ia embora. Fui ao corredor e descobri pela porta aberta o apartamento do qual ela havia saído. Pensei duas vezes e decidi acolher a companhia, deixá-la conhecer minha casa. Não estava fazendo mal algum. Havia algo de carência e isolamento naquela senhora que me cortava o coração. Quantas perdas aquelas rugas não registravam? Não demorou e a neta dela foi buscá-la, pedindo mil desculpas. Bobagem, é preciso conviver com os velhos, em alguns anos eles serão maioria. Em alguns anos, eles serão nós.

Na noite do mesmo sábado, ao escovar os dentes na frente do espelho, notei no alto da minha cabeça um brilho prateado. Meu primeiro fio branco.

Redial

Depois da grande vergonha que foi a venda de ingressos pro primeiro show do U2 com o Franz Ferdinand em São Paulo, a (des)organização dos concertos teve a "grande" idéia de vender as entradas por telefone. O congestionamento das linhas, prenunciado por qualquer ser de bom senso, se confirmou, e eu só consegui falar com o tutu. Pontualmente às 16h lá estava eu ligando pra central de atendimento. Depois de 15 minutos dando redial, jacaré conseguiu o ingresso? Nem eu. Desisti.

Não ligo a mínima pro U2. Até são legais e tal, todo mundo sabe cantar os hits, o show tem tudo pra ser bacana. Mas só de pensar que o público vai ser aquele que se dispõe a acampar numa fila para comprar ingresso ou que fica dando redial por mais de 15 minutos seguidos, me dá uma preguiça enorme. Sem contar que já vi o show deles em 98. Queria mesmo era ver o Franz Ferdinand, mas fazer o quê? Consola-me estar R$ 100 menos pobre. Consola-me também saber que nesta sexta haverá show dos The Gift, a banda mais bacanuda de Portugal, no Studio SP. Sem filas, sem histeria, sem fãs chatos e um tanto mais barato.